Brasileiros gastam 35% a mais em agosto

O Banco Central divulgou essa semana os números da receita e despesa cambiais no País durante o mês de agosto deste ano. De acordo com o balanço, os gastos dos brasileiros no exterior chegou ao valor de US$ 1,75 bilhão, correspondendo a um percentual de 35% superior a agosto de 2016 (quase US$ 500 milhões). No entanto, a cota não superou, mas se aproximou do mês de julho deste ano (um mais alto desde janeiro de 2016), quando os brasileiros chegaram a gastar US$ 1, 87 bilhão em viagens internacionais.

Já os estrangeiros deixaram aqui no país no mês passado US$ US$ 455 milhões, ou seja, quase 25% a menos quando comparado ao mês de agosto de 2016. No acumulado do ano, de janeiro a agosto de 2017, a receita cambial foi de US$ 3,95 bilhões, correspondendo a um percentual de 6,39% inferior ao mesmo período de 2016.

A redução do montante deixado aqui no Brasil pelos estrangeiros já era prevista, já que, o mês de agosto do ano passado foi a época em que recebemos os Jogos Olímpicos e tivemos, devido a isso, um aumento considerável na receita cambial do País (não só no mês referente, mas em todo ano como se pode observar na comparação entre o acumulado de 2016 e 2017).

Provavelmente, teremos uma avaliação mais “justa” na receita cambial do mês de setembro, onde poderemos fazer uma análise mais real dos valores deixados pelos visitantes estrangeiros aqui. Já o aumento dos gastos brasileiros se justifica não só pelo período favorável de viagens (julho e agosto), mas também pela cotação do dólar, que tem se mantido relativamente estável, caminhando na casa dos R$ 3,15 a R$ 3,20.

 

 

O gasto do brasileiro nas férias

Os brasileiros gastaram 1.878,90 bilhão de dólares em viagens e turismo no exterior em Julho, um dos meses mais fortes de férias por aqui, informa o Banco Central do Brasil. Com o montante, o mês de julho atingiu um novo máximo desde Janeiro de 2015.

Relativamente ao mesmo mês em 2016, os gastos aumentaram 38%, ou seja,  mais de 500 milhões de dólares, elevando assim média deste ano. Os números de julho também fazem a despesa cambial de 2017 ultrapassar os dez bilhões de dólares, atingindo os U$$ 10.684,24 bi.

Um dos grandes influenciadores do aumento da despesa cambial tem sido a desvalorização do dólar, que chegou a valer R$ 3,11 no mês passado, tornando os gastos exterior mais atrativos e estimulando as viagens para fora do país.

Intenção de viagem

Segundo a pesquisa do MTur de Sondagem do Consumidor e Intenção de Viagem, no mês de junho deste ano, quase 20% dos entrevistados que afirmaram planejar viajar nos próximos 6 meses pretendiam realizar uma viagem internacional. Em relação à junho do ano passado, o número de turistas brasileiros que pretendiam viajar para o exterior no horizonte de 6 meses correspondia a 16% do total.

Receita cambial

Já os gastos dos estrangeiros no Brasil tiveram queda em julho deste ano, em relação ao mesmo mês de 2016. Como se mostrou previsível, a receita cambial obteve o percentual negativo de 5,54%, correspondendo ao valor de U$$ 440 milhões.

A queda não foi surpresa, visto que os dados do mês de julho no ano de 2016 foram fortemente impulsionados pela realização dos Jogos Olímpicos no País. Seguimos acompanhando.

Dólar em queda, gastos em alta

Como vimos nos dados do Banco Central de receita e despesas cambiais,  o primeiro semestre de 2017 apresentou um aumento de 34,8% nos gastos dos brasileiros no exterior em relação ao mesmo período do ano passado. Para ser mais exata, no acumulado do ano, a despesa cambial foi de US$ 8,81 bilhões (enquanto no seis primeiros meses do ano passado o gastos no exterior foram de  US$ 6,53 bilhões).

A retomada dos gastos com viagens internacionais ocorre após uma queda de 16% em 2016. Qual seria o principal fator? Seguramente, a queda do dólar nos últimos 12 meses é um dos principais motivadores desse aumento e torna as viagens ao exterior mais atrativas para os brasileiros, estimulando os gastos fora do país.

Só no mês de junho, mês em que a moeda norte-americana estava cotada em R$ 3,24, o aumento na despesa cambial foi de US$ 1,51 bilhão, o que corresponde a um percentual de 10,09% superior a junho de 2016 (quando o dólar girava em torno de R$ 3,58).

É provável que os números deste mês de julho também apresentem um aumento significativo de gastos dos brasileiros em terras internacionais, com o dólar caminhando em R$ 3,15 e ainda operando em queda.

Receita

Já o volume deixado por aqui pelos estrangeiros no primeiro semestre deste ano registrou queda. De janeiro a junho de 2017, a receita cambial foi de US$ 3,06 bilhões, o que corresponde a um percentual de 3% inferior ao mesmo período 2016. Para o mês de junho, a receita cambial referente aos gastos dos turistas estrangeiros no Brasil foi de US$ 377 milhões, 6,23% inferior a junho de 2016.

Próximos meses

Para o mês de julho (e também no mês seguinte) é provável que a receita venha também acompanhada de queda, visto que os dados do ano de 2016 foram fortemente impulsionados pela realização dos Jogos Olímpicos no país. Seguimos acompanhando.

Gastos no exterior sobem 34% em maio

De acordo com dados do Banco Central, os brasileiros gastaram em viagens no exterior US$ 1,50 bilhão no mês de maio, 34,5% a mais do que no mesmo período em 2016. Esse é também o maior valor para o mês de maio desde o ano de 2014. Para o acumulado do ano, os gastos de brasileiros lá fora somaram US$ 7,30 bilhões, o que corresponde a um percentual de 41% superior ao mesmo período em 2016 (quando a soma da despesa cambial foi de US$ 5,16 bi).

A tendência para os próximos seis meses é de que esses gastos continuem em alta. Segundo mais recente pesquisa de Sondagem do Consumidor e Intenção de Viagem do MTur, realizada em maio deste ano, entre os brasileiros que desejam viajar nos próximos 6 meses, 23% desejam visitar destinos internacionais, o que equivale a quatro pontos percentuais a mais do que o observado em pesquisa de maio de 2016.   

Já os turistas estrangeiros seguem na contramão com queda de 3,4% no mês de maio, menor que a receita cambial do mesmo período no ano passado. A queda também aparece para o acumulado do ano, de janeiro a maio de 2017, a receita cambial foi de US$ 2,68 bilhões, 2,6% menor do que o mesmo período em 2016 (quando a receita foi de US$ 2,75 bilhões).

Dólar

O aumento dos gastos dos turistas brasileiros no exterior em maio se deve ao valor do dólar durante este período, que estava em torno de R$ 3,25. A variação cambial também traz efeitos no comparativo do ano, já que no mesmo mês do ano passado, por sua vez, o dólar oscilava ao redor de R$ 3,70. 

Viagens domésticas

Também no mês de maio, a demanda por voos domésticos cresceu pelo terceiro mês consecutivo, ao registrar aumento de 2,55% em relação ao mesmo período em 2016, dados da ABEAR. Do mesmo modo, a oferta de assentos nos aviões registrou crescimento, ficando 3,24% superior quando comparada a maio do ano passado. Caminhando juntamente com a demanda, está a intenção dos viajantes: dos 21,5% que planejam viajar nos próximos 6 meses, 58% pretende ir de avião, de acordo com o MTur. No total do mês de maio, foram transportados 7,1 milhões de passageiros, aumento de 4,12% em relação a maio do  ano passado.

22% dos brasileiros querem viajar nos próximos 6 meses

O Mtur divulgou a pesquisa de sondagem do consumidor que mostra a intenção de viagem dos brasileiros no mês de abril. A pesquisa se refere à perspectiva de viagem dos brasileiros nos próximos 6 meses e revela que 22,1% dos entrevistados têm planos de viajar nesse período. A porcentagem é maior do que a do mesmo período em 2016, que foi de 17,3%.

A região Nordeste segue sendo o destino preferido, tendo 48% das intenções de viagem e o transporte mais procurado é o avião, com 64% da procura nos planos de viagens. Sobre a forma de se hospedar, ainda no comparativo, os hotéis e pousadas estão mais procurados: 52%, seis dígitos a mais do que no mesmo período do ano passado.

Dólar disparado

Como um reflexo de um início de recuperação econômica apresentado em 2017, os planos de viajar para o exterior, de acordo com a pesquisa de abril, subiram de 20% no ano passado para 29% nesse ano. Porém a alta repentina do dólar, provocada pelos acontecimentos políticos dos últimos dias foi um fator com o qual nenhum turista contava. A moeda chegou a ser cotada a R$ 3,70.

Sendo o Turismo uma indústria de diversas variáveis, é difícil prever até quando e o quanto será sentido de impacto no desenrolar de cada capítulo político. Mas, como todos já sabemos, o Turismo é resiliente, possui solidez em tempos turbulentos e por aqui, temos o otimismo dos turistas brasileiros. Seguimos fazendo o Turismo e acompanhando de perto a indústria.

Uma breve reflexão sobre aviação e Turismo

Depois da aviação doméstica brasileira apresentar sinais de recuperação e mostrar alta de 5,9% no mês de março, após 20 meses de retração, segundo a ABEAR; a Iata informou que a demanda internacional de passageiros do mês de março também obteve crescimento, de 6,4%.

Além disso, em março, companhias da América Latina tiveram alta de 9,7% no tráfego, ainda segundo a Iata.

A região Nordeste tem sido ferramenta fundamental de expansão da malha aérea no país: de acordo com a Agencia Nacional de Aviação Civil (Anac), o número de vôos para o exterior operado por empresas brasileiras e que têm cidades nordestinas como origem cresceu sete vezes em dois anos.

Articular medidas que viabilizem, principalmente em questões econômicas, a operacionalidade de vôos -como a redução da alíquota de ICMS sobre o preço do combustível- é uma dos principais fatores de incentivo à expansão da malha aérea nacional.

A aviação, apesar de ter sua própria legislação, atuação estável e políticas próprias, não pode ser vista como uma peça distanciada do setor: ela está profundamente relacionada e interligada ao Turismo. E é de extrema importância que o alcance de práticas se estenda a todo o setor unificado, para que o Turismo se desenvolva plenamente.

2017: PIB direto do turismo +0,5%

Os estudos anuais apresentados pelo WTTC – World Travel & Tourism Council mostram os resultados do desempenho da atividade no mundo, regiões e países em 2016 e projeta seu desempenho para esse ano de 2017. Em termos absolutos somos a 11ª economia do turismo no mundo, mas em termos relativos ainda temos muito a crescer.

São muitos números, seja dados diretos ou indiretos do PIB, empregos, exportações e investimentos, por isso vou compartilhar somente as informações de impactos diretos e comentar as projeções do Brasil em relação ao resto do mundo.

PIB

Em 2016 o WTTC informa que o PIB direto do turismo representou 3,2% do total do PIB brasileiro. As projeções para 2017 são de um crescimento de 0,5%, e mais promissoras para os próximos 10 anos, quando o indicador deverá representar 3,4% do PIB. Nos parece importante para um país com a dimensão e a diversidade econômica do Brasil. Ou seja, o setor de viagens e turismo continuará a desempenhar um papel importante na economia nacional. Na América Latina em 2016 esse percentual foi de 3,2% e no mundo de 3,1%.

EMPREGOS

Ano passado o setor de viagens e turismo no Brasil empregou diretamente 2 milhões e 500 mil pessoas, 2,8% do total de empregos; as projeções são de crescimento de 1,6% em 2017. Na América Latina em 2016 os empregos diretos representaram 2,9% do total e no mundo 3,6%.

Nos próximos dez anos os estudos do WTTC projetam um crescimento anual de 2,4% chegando em 2027 a representar 3,2% do total de empregos no Brasil.

 

Brasileiros gastam 50% a mais no exterior, até aqui

Paulatinamente, a economia do país dá sinais de recuperação (tivemos aumento de 0,1% no PIB, no primeiro trimestre) e o Turismo tem sido uma importante ferramenta de observação. De acordo com os dados de receita e despesa cambial divulgados pelo Banco Central, os brasileiros gastaram US$ 4,47 bilhões no exterior nesse primeiro trimestre de 2017, 50,37% a mais em relação ao mesmo período no ano passado.

Em relação somente ao mês de março, os valores também tiveram aumento de percentual. Para o terceiro mês do ano, a despesa cambial turística foi 18,5% superior a março de 2016. Entretanto, o percentual foi o menor do ano, já que nos meses de janeiro e fevereiro foi observada alta de 87% e 61%, respectivamente.

Enquanto a previsão da FGV é de 0,3% de crescimento do PIB geral, a projeção da WTTC de crescimento do PIB do Turismo é de 0,5% em 2017.

A temporada de verão, que foi até o mês de março, é um importante período de análise das receita e despesa cambiais. A nossa economia segue bastante sensível ao aumento ou redução dos gastos brasileiros em viagens internacionais e a análise desse desempenho é fundamental, sobretudo, a da variação cambial, que foi decrescente nesse primeiro trimestre.

Receita cambial

Já os turistas internacionais gastaram aqui US$ 650 milhões no mês de março, o que corresponde a um percentual de 8,88% superior a março do ano passado, quando a receita cambial foi de US$ 597 milhões. No acumulado do ano, de janeiro a março de 2017, o valor dos gastos dos estrangeiros no Brasil foi de US$ 1,85 bilhão, mesmo valor observado no primeiro trimestre de 2016, segundo o Banco Central.

Ao colocarmos na balança os números do BC, vemos que há ainda um caminho a percorrer até chegar a um equilíbrio de fato. Seguimos observando de perto o setor.

Brasil ocupa 27ª posição em ranking de competitividade no Turismo

O Fórum Econômico Mundial divulgou recentemente o Travel & Tourism Competitiveness Report, com a lista de 136 países ordenados de acordo com o potencial competitivo dos diversos serviços de viagens e turismo. Na liderança do relatório, está a Espanha, em seguida a França e a Alemanha ocupando a terceira colocação. O Brasil aparece em 27º lugar, subindo uma colocação em relação à edição anterior do relatório, em 2015.

Ainda assim, dos países da América do Sul, o Brasil é o primeiro da lista e é o líder do ranking mundial de recursos naturais. A evolução de posto do País no relatório é expressiva, já que, na edição de 2013 do Travel & Tourism Competitiveness Report, o Brasil ocupava a 51ª posição.

Os investimentos realizados com vistas à Copa do Mundo e Jogos Olímpicos foram, evidentemente, elementares para a melhor avaliação de competitividade do nosso turismo.

O relatório é elaborado a cada dois anos e analisa 14 aspectos da indústria de viagens e turismo, destinos para negócios, condições de transporte, segurança, saúde, preços de serviços etc., classificando cada parâmetro com notas (máximo de 7). A classificação mais baixa do Brasil foi para o quesito “infraestrutura terrestre e portuária”, com nota 2,1. A maior foi a de “recursos naturais”, com 6,1 (mais alta overall).

O ranking final é formado pela nota média de todos os parâmetros: o primeiro colocado obteve 5.43 de pontuação, o Brasil ficou com 4.49.

Travel & Tourism Competitiveness Report é um relatório que se baseia em possibilidades e é uma importante ferramenta de estudo, principalmente para nós que fazemos o turismo no Brasil, país em que o setor está se estabelecendo como prioridade de desenvolvimento. Passados os grandes eventos que fizeram o Brasil ter uma melhor colocação em rankings de competitividade, visitação e retorno econômico, é sempre bom lembrar que nosso Turismo não pode parar.

Para ter acesso ao Travel & Tourism Competitiveness Report  completo clique aqui.

Despesa cambial em ascensão

Durante os 7 primeiros meses de 2016 os números da despesa cambial foram negativos, porém, a partir de outubro, os gastos dos brasileiros em viagens ao exterior permanece em progressão expressiva.

De acordo com dados do Banco Central, neste mês de fevereiro, não foi diferente. A despesa cambial turística de fevereiro/2017, foi de US$ 1,36 bilhão, ou seja, 61,63% superior à de fevereiro de 2016 (US$ 841 milhões). No acumulado do ano, os gastos dos brasileiros no exterior foram de US$ 2,94 bilhões correspondendo a um percentual de 74,85% superior ao mesmo período de 2016, quando a despesa foi de US$ 1,68 bilhão.

Já a receita cambial retrocedeu em relação a fevereiro de 2016.Os turistas internacionais deixaram aqui, nesse segundo mês, US$ 535 milhões, o que equivale a 10,62% a menos do que a receita de fevereiro do ano passado.

Mesmo se juntarmos as receitas de janeiro e fevereiro deste ano, temos US$ 1,20 bilhão, ainda assim, é 4,23% menor do que a receita do mesmo período em 2016, equivalente a US$ 1,25 bilhão.

Já a despesa cambial turística de fevereiro/2017, cuja soma foi de US$ 1,36 bilhão, foi 61,63% superior à de fevereiro de 2016, que foi de US$ 841 milhões. No acumulado do ano, os gastos dos brasileiros no exterior foram de US$ 2,94 bilhões correspondendo a um percentual de 74,85% superior ao mesmo período de 2016, quando a despesa foi de US$ 1,68 bilhão.

De outubro até aqui, o dólar permanece em estabilidade moderada, na casa dos R$ 3,30, o que explica o aumento dos gastos dos brasileiros no exterior.

A temporada de verão, que vai até o mês de março, é um importante período de análise das receita e despesa cambiais. Quando colocamos na balança os números do BC, vemos que há ainda um caminho a percorrer para chegar a um nível mais equilibrado. Além do que, os valores da receita e despesa representam um auxílio expressivo para a economia do País.