QUEM VAI ESCREVER SOBRE TURISMO DEPOIS DO CHATGPT? (vídeo)

Um dos grandes desafios dos destinos turísticos no mundo é o conteúdo. Informação e sedução que leva à experiência, simplesmente preparar o turista para desfrutar do melhor que existe no local. E quem escreve essa narrativa? quantos e quais detalhes são importantes? 

Estudos revelam um longo período de buscas em mais de 40 sites na busca pelas férias ideais. A personalização, ou os detalhes que importam para cada gosto e interesse têm ganhado cada vez mais relevância quando o cliente busca aonde ir. Um mundo virtual e presencial complexo forma uma incontável possibilidade de buscar pela viagem ideal. E mais uma ferramenta aparece como opção para aqueles que geram conteúdo em viagens e turismo: trata-se do ChatGPT (nova ferramenta de IA – inteligência artificial).

Minha curiosidade vai em dois sentidos. O primeiro sobre a produção, o detalhamento e a personalização das informações que levamos ao cliente na busca para atraí-lo ao nosso destino, ficarem nosso hotel, experimentarem aquilo que somente nosso produto pode oferecer. E o segundo, sobre a produção e busca das informações na hora de escrever um blog e um material promocional. 

Fiz uma experiência interessante nessa nova ferramenta e coloco abaixo um vídeo com o resultado. Longe das polêmicas, é uma reflexão que gostaria de compartilhar com todos e ouvir o que pensam. logo volto com mais algumas curiosidades sobre o uso do ChatGPT no conteúdo para destinos turísticos.

E aí, o que você me diz?

Assista ao vídeo para ver o texto escrito pelo ChatGPT sobre Ecoturismo.

Você pode perder clientes por causa do Wi-Fi ?

Imagine um mundo ainda mais hiperconectado. Somos quase 8 bilhões de pessoas no planeta. Somos 5 bilhões usando a internet, 63% da população mundial[1]. Depois de 2020 todos se acostumaram ainda mais a usar as tecnologias para facilitar seu dia-a-dia. E isso não é diferente nas viagens.

As previsões positivas e os desafios enfrentados pelo setor de turístico no mundo atualmente exigem que a indústria busque oferecer a seus clientes melhores serviços e qualidade inquestionável. A digitalização do setor continua sendo essencial para garantir o crescimento da demanda e uma melhor experiência do cliente. 

Parece algo básico mas muitos turistas ainda falam em pelo menos ter uma conexão Wi-Fi segura e de qualidade. Estamos falando não somente dos clientes a negócios e eventos, para os quais o sucesso da viagem está ligado a ter acesso à internet de qualidade; até porque seu trabalho depende desse serviço. Mesmo os visitantes a lazer buscam hotéis e serviços turísticos tecnologicamente evoluídos.

Quem não experimenta frequentemente uma conexão de internet lenta ou ruim, inexistente em alguns lugares do alojamento ou até mesmo uma instabilidade frequente? Muitas vezes ao chegar num restaurante ou num local de visitação a primeira coisa que as pessoas pedem é a senha do Wi-Fi, verdade? Bem, é verdade que seu empreendimento pode ter por princípio se desligar, ficar sem internet. Aí tudo bem, só avise seu cliente antes!

Vale a pena pensar numa cobertura rápida e segura em todas as áreas do hotel, não somente na recepção e algumas áreas comuns. Com a chegada do 5G além da boa infraestrutura a velocidade da conexão é essencial para atender as demandas dos clientes. Você pode perder um cliente porque a conexão de internet não é boa. Observe os comentários dos clientes.


[1] DATAREPORTAL – GLOBAL DIGITAL INSIGHTS. DataReportal – Global Digital Insights. DataReportal – Global Digital Insights. Disponível em: <https://datareportal.com/>. Acesso em: 18 jul. 2022.

Vila Galé, por que investir e acreditar no BRasil? Podcast – 7 min

Pioneiro em investimento hoteleiro internacional no Brasil, o Grupo português Vila Galé completa 20 anos de Brasil. Ouça no podcast HUB TURISMO nosso bate-papo com Jorge Rebelo. Ele nos comenta:

1. Quais as maiores conquistas durante esses 20 anos de operação do VG no Brasil?
2. Quais são as características ou aspectos da cultura brasileira ao fazer negócios que você mais destaca?
3. Continua a investir no Brasil, o que lhe motiva tanto a acreditar no turismo brasileiro?

O negócio de viagens é agora um negócio de lazer?

O mercado de turismo vive transformações profundas e a aceleração de tendências. E uma das coisas que mudou radicalmente foi o turismo de negócios, trazendo o lazer para o foco do setor pelo menos no médio prazo. A Accenture elaborou o relatório Negócios ou Lazer? Esse texto mostra porque inspirar e capturar o viajante de lazer é uma nova prioridade para as empresas de viagens. Com base nesse estudo, escrito por Miguel Flecha, Managing Director de Turismo da Accenture na Europa, trago algumas reflexões importantes.

A afirmação o “negócio de viagens é agora um negócio de lazer e um negócio menor” pode parecer exagerada e até assustadora, já que o foco no turismo de lazer sempre foi secundário em grande parte da indústria de viagens. De acordo com o autor existe uma mudança muito forte e imediata que é necessária para garantir a sobrevivência dos negócios. Se antes as estratégias das empresas estavam acostumadas a atender um cliente frequente, com reservas em cima da hora, e um perfil conhecido, a partir de agora muita coisa muda na captura do cliente de lazer. Penso também que aqueles com histórico de foco no lazer terão que buscar entender um novo tipo de viajante, com desejos e necessidades diferentes.

Foco no cliente de lazer

Tudo, ou a maioria dos serviços, estava preparado e pensado para o cliente de negócios, e agora? Na verdade, o marketing das empresas terá que começar numa etapa bem anterior da jornada de compra para chegar ao viajante de lazer. Com a motivação da viagem radicalmente diferente, inspirar as pessoas virou questão de sobrevivência. Além de serem comportamentos e formas de compra totalmente diferentes, de precisar alcançar o viajante bem antes do período da viagem, temos que considerar que os próprios clientes a lazer também mudaram seus hábitos e vão exigir um processo de conhecimento mais personalizado para chegarmos até eles.

Voltando então às empresas, existem ainda outros temas para a adaptação além dos protocolos. Começando por entregar a própria promessa do protocolo, da experiência “sem toque” em todas as etapas das viagens. Recentemente tive uma experiência num hotel de cidade em que existe mais papel e mais demora no check-in do que antes. Menos pessoal e demanda imprevisível, como atender bem? Quais são as tecnologias que podem ajudar as empresas a serem mais rápidas e ajudarem o cliente? Vamos lembrar que os hábitos de compra on-line nos últimos dois anos foram acelerados, e as pessoas estão habituadas a sistemas rápidos e atendimento personalizado.

Todas as decisões terão que girar em torno de dados para possibilitar uma personalização e maior conhecimento do potencial cliente. Os bancos de dados das empresas, as análises de todo tipo de informação em tempo real são condições para direcionar recursos e ganhar clientes. A produção de conteúdo, além de ser chave, deverá incluir mídia digital personalizada e em escala para ganhar clientes num mercado de demanda menor. Junta-se aqui o tema da credibilidade, dos compromissos que a marca assumiu com seus clientes. Por exemplo, a flexibilidade de cancelamentos e alterações será mantida depois que os fluxos de clientes voltarem a melhorar? Ou por acaso, já imaginou o estrago que um comentário negativo pode trazer para sua marca em segundos, nas redes sociais?

Destinos e empresas de turismo que já tinham foco no lazer podem estar mais aptas a esse novo cenário, mesmo que com muitos desafios pela frente. Outras empresas encontram no novo cenário uma grande mudança no modelo de negócios, e essa adaptação necessita ser rápida e profunda em muitos setores. A volta das viagens a negócios e eventos apontam no cenário, provavelmente em moldes que ainda imaginamos e precisaremos viver para compreender como serão. Por enquanto, foco no lazer, foco no doméstico e muita inspiração para que as pessoas viajem. Qual tem sido a experiência em seu negócio?

4 coisas onde o turista mais vai gastar – Parte 1

Estamos loucos para viajar. Sejam as viagens dentro do Brasil ou internacionais, as pessoas trazem uma enorme ansiedade pela primeira aventura depois da pandemia global. Embora ainda existam muitas incertezas e desafios grandiosos para saber quando será essa viagem, existe a vontade de planejar algo muito especial por parte do cliente.

Assim como a vacinação se transforma num passo condicional para essa desejada liberdade de circulação, viajar é um desejo latente cheio de novas expectativas. Vai ter aquela foto “primeira vez que viajo de avião em 2 anos”; “aquele abraço na minha mãe e no meu pai que eu não visitava desde 2019”; “enfim a tão desejada escapada para esse lugar que sempre sonhei em visitar”. Não tenhamos dúvidas de que ser vacinado ou ir a destinos onde a vacina é exigida, ou ainda, onde existe controle da epidemia, será fator decisivo na escolha do local da viagem (importante que isso não seja um fator de discriminação).

Um levantamento recente do Tripadvisor fala que a alegria de planejar a próxima viagem será mais forte do que nunca. Concordo com a avaliação de que vamos todos querer algo que seja realmente especial nas nossas próximas férias. Até aqui tudo bem, então imaginemos o tamanho da responsabilidade dos profissionais e dos destinos que vão receber esses viajantes. Responder à expectativa e ao desejo de que tudo seja perfeito, seguro e higiênico está em nossas mãos.

E sabe quais são as quatro coisas que o Tripadvisor aponta que os viajantes vão gastar mais?

  1. Gastar mais tempo escolhendo um destino 
  2. Gastar mais tempo lendo avaliações e recomendações 
  3. Gastar mais tempo selecionando a sua forma de acomodação 
  4. Gastar mais tempo buscando que tipo de atividades fazer no destino 

Se eles vão gastar mais dinheiro e pagar por segurança e uma experiência realmente sensacional vamos ver mais adiante. Mas seu tempo será gasto de forma mais minuciosa e exigente para chegar até a sua cidade, até seu hotel, voar por sua companhia aérea, desfrutar da comida do seu restaurante, fazer aquele passeio especial, visitar o património histórico e natural de sua cidade. 

Continua…..

o que os dados nos dizem sobre internacional até novembro 2020

Estamos no último mês de 2020 e trago um resumo dos dados de chegadas internacionais aéreas no Brasil com base os dados exclusivos fornecidos para a Pires Inteligência em Destinos e Eventos pela empresa espanhola de big data Forwardkeys.

Vale destacar que a OMT desenhou 3 cenários possíveis para o turismo internacional, e o caminho vinha sendo trilhado pelo cenário menos otimista até julho (queda de 58% nas viagens internacionais em 2020, linha cinza). A realidade acabou trazendo uma curva irregular de recuperação, conforme pode-se ver abaixo (linha azul). Esse contexto mostra que existe um panorama não uniforme no mundo em relação às viagens internacionais, que dependerá da vacina, da evolução da pandemia e da volta da confiança nas viagens.

Fonte, OMT 2020.

Quando nos voltamos aqui para a realidade do Brasil os dados coletados pela Forwardkeys mostram que entre janeiro e novembro desse ano o Brasil teve uma queda de 72% nas chegadas aéreas internacionais.

Para as seis próximas semanas, até meados de janeiro, as reservas já realizadas indicam ainda uma variação de -72,6% em relação ao mesmo período de 2019 (07 dez 2020 a 17 jan 2021). O detalhamento dessas informações mostra que, percentualmente, as maiores quedas de mercados emissores no período futuro assinalado devem ser do Uruguai (-96,8%),  Argentina (-87,5%), Itália (84,6%), Alemanha (77,9%), Chile (-75,3%) e França (74,2%). As quedas “menores” podem vir da Inglaterra (-49,5%) e Portugal (-53,9%).

A partir de 2021 temos um novo cenário com o advento progressivo da vacina nos diversos países, a evolução da pandemia e o trabalho que cada país está fazendo para mostrar a segurança nas viagens. É certo que o Brasil tem um grande mercado doméstico que vem mostrando sinais de recuperação, e a reconstrução do mercado Internacional ainda traz muitas indagações; a forma como o país é visto no enfrentamento da pandemia, os temas relacionados ao meio ambiente e ausência de um posicionamento Internacional de que é seguro viajar para o Brasil são alguns dos fatores que teremos que enfrentar de forma determinada.

O que pode ajudar a vender viagens agora

O cenário ainda incerto da pandemia no Brasil e pelo mundo, faz com que as empresas precisem olhar sempre para pesquisas e dados que possam orientar o seu trabalho a cada momento, no médio e curto prazos. Uma pesquisa* divulgada pela booking.com mostrou que para os brasileiros a busca por preços acessíveis é prioridade na hora de uma viagem. Interessante destacar que as pessoas ainda esperam que as empresas de turismo ajudem no planejamento e nos planos de viagens não só com descontos e promoções, mas também com flexibilidade caso a viagem não dê certo.

Já falamos sobre flexibilidade aqui no blog e, quanto mais busco entender esse cenário nebuloso, mais entendo que a probabilidade de as pessoas comprarem viagens está relacionada à transparência de políticas de cancelamento, formas de reembolsos, multas e opções de seguro. Tudo o que representar uma barreira será um impeditivo para viajar. Parece um tanto óbvio mas, guardando a especificidade de cada setor de turismo, enquanto a confiança em viajar ainda estiver tão sensível e o ambiente indefinido, poder cancelar, remarcar e não ter custos extras me parece ser a primeira coisa que os clientes olham, além do custo-benefício da compra.

Pelos dados apresentados pela booking.com, também me chamou a atenção o fato de que as pessoas podem fazer escolhas de destinos muito mais pelo custo benefício e por valores, do que buscar adaptar o seu orçamento a um destino dos sonhos. O estudo indica que os brasileiros preferem utilizar um orçamento já disponível e fazer uma viagem a curto prazo do que economizar para fazer uma viagem incerta em outro momento. A pesquisa indica que “de 6 em cada 10 viajantes brasileiros preferem pagar imediatamente por uma viagem disponível do que economizar para uma viagem certo”.

Provavelmente um pouco de ousadia e riscos fazem parte da estratégia das empresas do setor nesse momento incerto. Vendas a curto prazo devem seguir por algum tempo. Promoções, flexibilidade para cancelamentos e, ao mesmo tempo, valores que garantam um custo benefício alto são indicadores de que a venda pode acontecer enquanto não temos restaurada a confiança em viajar (e tudo depende também da vacina e da evolução da pandemia). Compartilha com a gente as principais preocupações e demandas de seus clientes na hora de comprar.

*Pesquisa encomendada pela Booking.com e realizada com um grupo de adultos que viajou a lazer ou a trabalho nos últimos 12 meses, e que planeja viajar nos próximos 12 meses (se/quando as restrições de viagem forem suspensas). No total, 20.934 entrevistados em 28 mercados responderam a uma pesquisa online em julho de 2020.

Últimos dados do internacional – OUT 2020

Dados são essenciais para pensar o futuro do turismo nesse cenário ainda nebuloso. Trazemos um vídeo com os últimos dados da OMT e da Fowardkeys sobre o mundo e o Brasil. Também falamos de projeção para 2020 e dos impactos que a economia global sofreu com a não realização de viagens.

Se quiser saber mais sobre o turismo internacional para o Brasil pode acessar esses posts: Perdas do Turismo, Histórico de chegada de estrangeiros no Brasil e consequências para o futuro pós pandemia.

3 podcasts sobre eventos que você precisa ouvir

O HUB TURISMO é um podcast focado em perguntar aos profissionais da indústria de viagens e turismo tudo que você quer saber sobre o setor. Abaixo compartilhamos 3 episódios exclusivos para quem trabalha com eventos. Ouça o HUB TURISMO em qualquer plataforma de podcast de sua preferência.

Captação de eventos para hotéis com Juliana Pires

O futuro dos eventos com Rodrigo Cordeiro

Conventions e eventos comToni Sando da UNEDESTINOS