22% dos brasileiros querem viajar nos próximos 6 meses

O Mtur divulgou a pesquisa de sondagem do consumidor que mostra a intenção de viagem dos brasileiros no mês de abril. A pesquisa se refere à perspectiva de viagem dos brasileiros nos próximos 6 meses e revela que 22,1% dos entrevistados têm planos de viajar nesse período. A porcentagem é maior do que a do mesmo período em 2016, que foi de 17,3%.

A região Nordeste segue sendo o destino preferido, tendo 48% das intenções de viagem e o transporte mais procurado é o avião, com 64% da procura nos planos de viagens. Sobre a forma de se hospedar, ainda no comparativo, os hotéis e pousadas estão mais procurados: 52%, seis dígitos a mais do que no mesmo período do ano passado.

Dólar disparado

Como um reflexo de um início de recuperação econômica apresentado em 2017, os planos de viajar para o exterior, de acordo com a pesquisa de abril, subiram de 20% no ano passado para 29% nesse ano. Porém a alta repentina do dólar, provocada pelos acontecimentos políticos dos últimos dias foi um fator com o qual nenhum turista contava. A moeda chegou a ser cotada a R$ 3,70.

Sendo o Turismo uma indústria de diversas variáveis, é difícil prever até quando e o quanto será sentido de impacto no desenrolar de cada capítulo político. Mas, como todos já sabemos, o Turismo é resiliente, possui solidez em tempos turbulentos e por aqui, temos o otimismo dos turistas brasileiros. Seguimos fazendo o Turismo e acompanhando de perto a indústria.

Por mais eventos internacionais

Não estamos nada bem no ranking da ICCA, nem em relação aos demais concorrentes nem em relação à nossa evolução.

A ICCA diz que a cada 10 anos o numero de eventos no mundo duplica, o que não foi o caso do Brasil. em 2007 tinhamos 223 eventos, hoje 244! Pasmem que já chegamos a realizar 360 eventos no Brasil em 2012 quando ocupamos o sétimo lugar no ranking global.

Se a política de captação de eventos da EMBRATUR iniciada em 2004 tivesse continuidade, hoje deveríamos ainda estar entre os 10 países que mais realizam eventos no mundo, com cerca de 400 eventos. Se existe um programa de trabalho que pode ser realizado a muito baixo custo e que apresenta resultados, definitivamente é o de captação de eventos internacionais.

Não dá para acreditar que depois de realizar a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos nosso país ficou sem uma nova estratégia e um posicionamento global que pudesse nos colocar em outro patamar no ranking de eventos. E ainda teríamos os eventos esportivos mundiais para captar.

Só temos hoje os Convention Bureaux que fazem um trabalho de captação, e as cidades que se esforçam para trazer esse turista que gasta mais e fica com uma outra imagem de nosso país.

Para retomar o trabalho no mínimo 3 a 5 anos para dar resultados.

Uma breve reflexão sobre aviação e Turismo

Depois da aviação doméstica brasileira apresentar sinais de recuperação e mostrar alta de 5,9% no mês de março, após 20 meses de retração, segundo a ABEAR; a Iata informou que a demanda internacional de passageiros do mês de março também obteve crescimento, de 6,4%.

Além disso, em março, companhias da América Latina tiveram alta de 9,7% no tráfego, ainda segundo a Iata.

A região Nordeste tem sido ferramenta fundamental de expansão da malha aérea no país: de acordo com a Agencia Nacional de Aviação Civil (Anac), o número de vôos para o exterior operado por empresas brasileiras e que têm cidades nordestinas como origem cresceu sete vezes em dois anos.

Articular medidas que viabilizem, principalmente em questões econômicas, a operacionalidade de vôos -como a redução da alíquota de ICMS sobre o preço do combustível- é uma dos principais fatores de incentivo à expansão da malha aérea nacional.

A aviação, apesar de ter sua própria legislação, atuação estável e políticas próprias, não pode ser vista como uma peça distanciada do setor: ela está profundamente relacionada e interligada ao Turismo. E é de extrema importância que o alcance de práticas se estenda a todo o setor unificado, para que o Turismo se desenvolva plenamente.

Neuromarketing analisa viajantes corporativos

Falei recentemente aqui a respeito das pesquisas de Neuromarketing, a ciência que analisa, através de neurotecnologia e monitoramento de estímulos cerebrais, o comportamento dos consumidores, e sua atuação crescente na inteligência de mercado. Atuando no Turismo, foi divulgado um estudo da Descyfra, empresa especializada em desenvolvimento de estratégias e consultoria de negócios, que realizou avaliações neurológicas a fim de classificar viajantes corporativos.

O estudo foi realizado com uma metodologia que classifica os viajantes analisando diferentes dimensões do comportamento inconsciente, já que esse campo da mente é responsável por entre 80% e 90% dos comportamentos, incluindo decisões (de viagens, por exemplo).

Alguns dos aspectos considerados: necessidade de explorar ou buscar novidades; a necessidade de segurança; ter todos os aspectos da sua viagem sob controle; relações com os outros e perseverança para resolver imprevistos durante toda a viagem.

De acordo com o estudo, estão identificados tipos de viajantes corporativos através dessas variáveis que, uma vez analisadas, permitem a personalização das propostas para cada perfil, otimizando o uso de tecnologias e apresentando sugestões viáveis e mais atraentes para o consumidor.

O Neuromarketing acaba por facilitar, por meio da neurociência, o marketing direcionado, identificando necessidades e desejos do consumidor final. O Turismo é um mercado em constante movimento e a busca por novos métodos, boas práticas e ferramentas eficazes no desenvolvimento. Seguimos acompanhando de perto as novidades.

2017: PIB direto do turismo +0,5%

Os estudos anuais apresentados pelo WTTC – World Travel & Tourism Council mostram os resultados do desempenho da atividade no mundo, regiões e países em 2016 e projeta seu desempenho para esse ano de 2017. Em termos absolutos somos a 11ª economia do turismo no mundo, mas em termos relativos ainda temos muito a crescer.

São muitos números, seja dados diretos ou indiretos do PIB, empregos, exportações e investimentos, por isso vou compartilhar somente as informações de impactos diretos e comentar as projeções do Brasil em relação ao resto do mundo.

PIB

Em 2016 o WTTC informa que o PIB direto do turismo representou 3,2% do total do PIB brasileiro. As projeções para 2017 são de um crescimento de 0,5%, e mais promissoras para os próximos 10 anos, quando o indicador deverá representar 3,4% do PIB. Nos parece importante para um país com a dimensão e a diversidade econômica do Brasil. Ou seja, o setor de viagens e turismo continuará a desempenhar um papel importante na economia nacional. Na América Latina em 2016 esse percentual foi de 3,2% e no mundo de 3,1%.

EMPREGOS

Ano passado o setor de viagens e turismo no Brasil empregou diretamente 2 milhões e 500 mil pessoas, 2,8% do total de empregos; as projeções são de crescimento de 1,6% em 2017. Na América Latina em 2016 os empregos diretos representaram 2,9% do total e no mundo 3,6%.

Nos próximos dez anos os estudos do WTTC projetam um crescimento anual de 2,4% chegando em 2027 a representar 3,2% do total de empregos no Brasil.

 

Brasileiros gastam 50% a mais no exterior, até aqui

Paulatinamente, a economia do país dá sinais de recuperação (tivemos aumento de 0,1% no PIB, no primeiro trimestre) e o Turismo tem sido uma importante ferramenta de observação. De acordo com os dados de receita e despesa cambial divulgados pelo Banco Central, os brasileiros gastaram US$ 4,47 bilhões no exterior nesse primeiro trimestre de 2017, 50,37% a mais em relação ao mesmo período no ano passado.

Em relação somente ao mês de março, os valores também tiveram aumento de percentual. Para o terceiro mês do ano, a despesa cambial turística foi 18,5% superior a março de 2016. Entretanto, o percentual foi o menor do ano, já que nos meses de janeiro e fevereiro foi observada alta de 87% e 61%, respectivamente.

Enquanto a previsão da FGV é de 0,3% de crescimento do PIB geral, a projeção da WTTC de crescimento do PIB do Turismo é de 0,5% em 2017.

A temporada de verão, que foi até o mês de março, é um importante período de análise das receita e despesa cambiais. A nossa economia segue bastante sensível ao aumento ou redução dos gastos brasileiros em viagens internacionais e a análise desse desempenho é fundamental, sobretudo, a da variação cambial, que foi decrescente nesse primeiro trimestre.

Receita cambial

Já os turistas internacionais gastaram aqui US$ 650 milhões no mês de março, o que corresponde a um percentual de 8,88% superior a março do ano passado, quando a receita cambial foi de US$ 597 milhões. No acumulado do ano, de janeiro a março de 2017, o valor dos gastos dos estrangeiros no Brasil foi de US$ 1,85 bilhão, mesmo valor observado no primeiro trimestre de 2016, segundo o Banco Central.

Ao colocarmos na balança os números do BC, vemos que há ainda um caminho a percorrer até chegar a um equilíbrio de fato. Seguimos observando de perto o setor.

Apresentando: Neuromarketing no Turismo

Já há algum tempo, o Neuromarketing, ciência que estuda, através de neurotecnologia e análise de estímulos cerebrais, o comportamento de consumidores, vem ganhando espaço como o campo de pesquisa recente que analisa hábitos de consumo, tornando-se parte atuante da inteligência de mercado. Pesquisas de comportamento do consumidor são extremamente relevantes para a condução de métodos de promoção, vendas e atendimento em qualquer tipo de mercado e com o Turismo não é diferente.

Como a personalização de serviços é uma das fortes tendências do Turismo no mundo, o Neuromarketing torna-se uma peça chave para o setor, já que seu objetivo é emitir a mensagem de forma individualizada, identificando desejos e motivações dos consumidores. A estratégia é ir além da previsibilidade e fazer mais do que simplesmente oferecer um destino: é apresentar ao consumidor uma alternativa atraente para ele, especificamente.

Para Turismo, esses estudos são feitos analisando comportamentos conscientes e subconscientes, como por exemplo: emoções, sensação de segurança, memórias afetivas e preferências artísticas e gastronômicas.

Tendo um estudo direcionado, supõe-se que a probabilidade de êxito seja maior. O Neuromarketing pode ser um elemento cada vez mais presente nas ações do Turismo, na busca por compreender e satisfazer as necessidades e expectativas dos turistas. Buscar inovações é sempre necessário, principalmente numa indústria que está em constante transformação. Seguimos acompanhando.   

O clima no Turismo

Qual foi o clima de negócios da WTM Latin America e o que isso tem a ver com nosso dia a dia?

A ideia aqui não é de comentar sobre a fera em si, não obstante seu sucesso e consolidação após 5 anos de realização. Mas em diversas conversas e reuniões em que participei o que mais me marcou foi a vontade e o esforço de empresários e lideranças para uma retomada no turismo brasileiro e a superação da crise econômica.

Todos comentaram, “estamos trabalhando muito”, e o clima que a WTM Latin America respirou foi de vontade de superação, dedicação para vencer obstáculos e mais do que isso, atitude. Pelo menos nos discursos de empresários de que “não podemos mais esperar pelo governo”. Isso fortalece as entidades, traz mais vontade e ânimo às lideranças e coloca o setor privado num outro patamar mais ativo e ator das políticas de turismo.

Sempre fica a compreensão e o esforço da parceria público privada, mas dessa vez sinto que o “tomar as rédeas” é  eloquente entre as entidades mais representativas do turismo. Que isso se torne realidade!

Brasil ocupa 27ª posição em ranking de competitividade no Turismo

O Fórum Econômico Mundial divulgou recentemente o Travel & Tourism Competitiveness Report, com a lista de 136 países ordenados de acordo com o potencial competitivo dos diversos serviços de viagens e turismo. Na liderança do relatório, está a Espanha, em seguida a França e a Alemanha ocupando a terceira colocação. O Brasil aparece em 27º lugar, subindo uma colocação em relação à edição anterior do relatório, em 2015.

Ainda assim, dos países da América do Sul, o Brasil é o primeiro da lista e é o líder do ranking mundial de recursos naturais. A evolução de posto do País no relatório é expressiva, já que, na edição de 2013 do Travel & Tourism Competitiveness Report, o Brasil ocupava a 51ª posição.

Os investimentos realizados com vistas à Copa do Mundo e Jogos Olímpicos foram, evidentemente, elementares para a melhor avaliação de competitividade do nosso turismo.

O relatório é elaborado a cada dois anos e analisa 14 aspectos da indústria de viagens e turismo, destinos para negócios, condições de transporte, segurança, saúde, preços de serviços etc., classificando cada parâmetro com notas (máximo de 7). A classificação mais baixa do Brasil foi para o quesito “infraestrutura terrestre e portuária”, com nota 2,1. A maior foi a de “recursos naturais”, com 6,1 (mais alta overall).

O ranking final é formado pela nota média de todos os parâmetros: o primeiro colocado obteve 5.43 de pontuação, o Brasil ficou com 4.49.

Travel & Tourism Competitiveness Report é um relatório que se baseia em possibilidades e é uma importante ferramenta de estudo, principalmente para nós que fazemos o turismo no Brasil, país em que o setor está se estabelecendo como prioridade de desenvolvimento. Passados os grandes eventos que fizeram o Brasil ter uma melhor colocação em rankings de competitividade, visitação e retorno econômico, é sempre bom lembrar que nosso Turismo não pode parar.

Para ter acesso ao Travel & Tourism Competitiveness Report  completo clique aqui.

Desembarcando no IBAS, no RIOgaleão

Nesta quarta-feira (29), teve início o IBAS – International Brazil Air Show, evento que reunirá players da aviação civil e infraestrutura aeroportuária. Realizado no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o RIOgaleão, o IBAS irá até o dia 2 de abril.

Tendo como um dos pilares principais de pauta a promoção do debate sobre a relação entre os destinos, o turismo e a aviação civil, pode-se destacar a programação Landings, nesta sexta-feira (31), que contará com uma gama de seminários sobre perspectivas econômicas para 2017, desenvolvimento da aviação civil na América Latina, panorama do setor no Brasil e os desafios do mercado. As atividades reunirão experts da indústria e grandes nomes do setor para ministração e intermediação das conversas.

Com dinâmica estratégica, a participação no evento nos três primeiros dias será restrita a profissionais e empresários do setor aeronáutico, com programação destinada à promoção de debates, geração de novos negócios, relacionamentos comerciais e seminários.

Já no fim de semana, nos dias 1 e 2 de abril, as atividades do IBAS serão voltadas para o público visitante e terão exposições estáticas de aeronaves, shows aéreos, programação destinada ao público infantil e simuladores de voo.

A aviação civil deixou de ser apenas uma atividade comercial de transporte para ser uma importante seção de desenvolvimento do turismo, influenciando diretamente a indústria, em todo o mundo. A discussão de boas práticas, expansão de malha aérea, criação de novos métodos e apresentação de inovações é valorosa e necessária, num momento que é de transformações para a aviação civil e para o Turismo de forma geral.