A Organização Mundial do Turismo (OMT) divulgou o balanço dos dados do setor no ano de 2016 em todo o mundo. Mesmo antes dos números oficiais serem apresentados, quem atua na indústria, através da observação de um panorama geral e a despeito de todas as dificuldades atravessadas, já imaginava que 2016 seria um ano positivo, integralmente falando.
Pois bem, de acordo com o Barômetro da OMT o turismo mundial fechou 2016 em alta, tendo o sétimo ano consecutivo de crescimento, com 3,9% de aumento em relação ao ano anterior. Cerca de 1,235 bilhão de turistas viajaram pelo mundo em 2016, 46 milhões a mais do que em 2015.
O bom desempenho de 2016 é atribuído ao significativo crescimento do setor na Ásia-Pacífico, que teve o melhor desempenho do mundo em 2016: 8,4% de alta. O desempenho nos continentes americanos também foi uma das causas do avanço no setor no ano passado, com o dado de 4,3% acima da média mundial no número de turistas internacionais. Das Américas, a que se destacou foi a América do Sul, com 6,3% de crescimento, aumento impulsionado pela realização dos Jogos Olímpicos no Brasil.
Segundo a OMT, a estimativa é de crescimento para 2017, em torno de 3% a 4%. O que sabemos é que 2017 será um ano de transformações para o turismo, talvez mais do que 2016, ano em que o setor atravessou crises políticas, epidemias, instabilidade econômica e ondas de terrorismo. Não foi um ano fácil de superar, mas o turismo tem se mostrado resiliente até aqui e prosseguirá atuando como um apoio sólido à economia, do Brasil e do mundo.
Enquanto isso no Brasil…
Por aqui, o turismo tem sido sim, um suporte, mas poderia ser muito mais. Se há escassez de políticas de apoio ao setor e falta de prioridade frequente, os benefícios da indústria para a economia acabam minimizados. No Brasil, a demanda de vôos domésticos em 2016 caiu 5,47% em relação ao ano anterior. A oferta de assentos, por sua vez, foi a menor desde 2010. O número total de passageiros foi reduzido em 7,45% se comparado a 2015, em torno de 7 milhões de passageiros a menos.
É preciso cuidar do turismo, e com diligência.
Excelente reflexão. É preciso cuidar melhor do destino. A gente tem belos e quase intocados paraísos de deixar qualquer praia internacional no chinelo. Mas, daí não tem saúde, estrada, sinalização, iluminação, mão de obra qualificada, enfim, uma hora o visitante não volta mais!