Hoje, 27 de setembro, é o Dia Mundial do Turismo. Um setor de atividade fundamental para o desenvolvimento no País, que movimenta a economia, gera empregos, fortalece a cultura e consolida o crescimento. Data que deve ser lembrada por nós, profissionais que fazemos o turismo, com disposição para tornar o cenário turístico no Brasil cada vez mais avançado e consistente. Viva o Turismo e parabéns a quem se dedica ao setor!
Agosto, o mês em que passaram por aqui os Jogos Olímpicos 2016 e em que o dólar teve queda, deu uma movimentada no nosso ano no quesito economia. É o que mostra os dados da receita e despesa cambial turística, divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira.
De acordo com o resultado da receita, turistas estrangeiros gastaram a US$602 milhões no Brasil, um crescimento de 38,14% quando comparado ao mês de agosto do ano anterior (ou seja, US$ 166 milhões a mais). No acumulado do ano, para a receita, há um percentual de aumento de 9,78% em relação ao mesmo período de 2015; totalizando o valor de US$ 4,33 bilhões.
A despesa cambial, por sua vez, teve aumento de 2,3% em relação a agosto do ano passado, indo de US$1,26 bilhão para US$1,29 bilhão. Foi a primeira vez, em um ano e meio, que as despesas dos brasileiros no exterior tiveram alta em comparação ao mesmo mês do ano anterior. No acumulado do ano, porém, a variação é negativa em -28,62%, em relação ao mesmo período (de janeiro a agosto) de 2015.
Os dados de agosto conferem um breve suspiro aliviado para a indústria do turismo, que vem agonizando neste ano de 2016. A expectativa é que os números de setembro também tragam algum consolo, ainda que em menores proporções, graças à taxa de câmbio e à Paralimpíada Rio 2016. Longe de ser uma cura e considerando que a situação ainda é de crise, ainda há que se reconhecer que o quadro é crítico, o que não podemos é desistir de buscar soluções para o setor.
No meio do território que separa o estado do Ceará de Pernambuco e Piauí, ergue-se uma imponente muralha coberta de vegetação abundante e que é cenário de paisagens exuberantes da Região do Cariri: a Chapada do Araripe. Reserva ecológica e que abriga fontes naturais e grutas, o local confere à região Nordeste uma das mais belas vistas e um dos destinos mais valiosos de vínculo com a história natural e de contato com a natureza.
Por abrigar uma floresta, datada de 120 milhões de anos, com grande diversidade de fauna e flora (algumas espécies, inclusive, são específicas da região) é um destino comumente procurado por mochileiros e adeptos do ecoturismo.
O lugar também é conhecido como o berço da paleontologia nacional e, devido a constantes descobertas de fósseis, recebe diversos visitantes com objetivos científicos. A última descoberta, publicada esta semana em periódico internacional, foi de uma nova espécie de Pterossauro, batizada de Aymberedactylus cearenses. Foi também na Chapada do Araripe que foi encontrada, em fóssil, o que se acredita ser a primeira flor do planeta.
Turismo da região em expansão
O fato de ser o mais importante sítio arqueológico do País rende e pode desenvolver ainda mais o turismo de eventos na Região do Cariri, quando considerada, estrategicamente, a promoção do próprio destino como um diferencial para determinadas sociedades científicas.
Em volta da Chapada o desenvolvimento do turismo se dá em cidades pequenas em território, mas largas em história: Juazeiro do Norte (que recebe aproximadamente 2,5 milhões de turistas romeiros por ano); Crato (cuja parte da Floresta Nacional do Araripe é bastante procurada para prática de esportes radicais) e Barbalha (município onde, anualmente, milhares de devotos de Santo Antônio e mulheres solteiras se encontram para a ‘Festa do Pau de Santo Antônio’). Veja os vídeos sobre a Festa das Solteiras aqui.
Dotada de riquezas culturais, naturais e históricas, está mais do que na hora da região do Cariri, conhecida internacionalmente pelos seus artefatos arqueológicos, ser reconhecida nacionalmente como um destino valioso para o turismo e uma joia nacional.
Em pouco menos de duas semanas, os Jogos Paralímpicos Rio 2016, movimentaram a cidade maravilhosa: de acordo com dados preliminares de pesquisa oficial, aproximadamente 243 mil turistas estiveram no Rio de Janeiro durante a realização da Paralimpíada. O gasto médio desses visitantes foi de R$ 271,20 por dia, o que equivale a uma renda gerada de R$ 410 milhões para o País.
Apesar do número de turistas no evento ser bem menor do que na Olimpíada e, ao contrário do que muitos poderiam prever, foi durante as Paralimpíadas que o Parque Olímpico da Barra, em todo o evento da Rio 2016 (incluindo Jogos Olímpicos), teve seu recorde de visitação, o que ocorreu no primeiro sábado dos Jogos Paralímpicos (10 de setembro), com público de 172 mil pessoas.
A pesquisa também revelou que muitos vieram ao Brasil pela primeira vez: o dado é de quase 60% dos turistas internacionais entrevistados entre o período da Paralimpíada. Medindo o índice de satisfação dos turistas, para 87,8% dos entrevistados a viagem correspondeu ou superou as expectativas e 90,5% tem intenção de retornar ao país, este último dado, maior que o correspondente nos Jogos Olímpicos comentado aqui.
Expectativa x Realidade
Durante a Olimpíada, o Rio de Janeiro recebeu 1,17 milhão de turistas que gastaram, em média, R$ 424,62 diários, gerando, no total, uma renda de R$ 4 bilhões; números que superaram com folga as expectativas divulgadas pela Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
No entanto, na Paralimpíada, os dados, até agora, estão abaixo do esperado pelo setor comercial. O número de turistas ficou um pouco maior que a metade do previsto, de 468,5 mil visitantes, e a renda gerada ficou bem abaixo da projeção de R$912,4 milhões de faturamento.
Ainda assim, o Brasil teve renda gerada significativa e dados bastante expressivos de índice de satisfação e intenção de viagem, o que coloca os resultados do turismo como um dos grandes legados dos eventos Rio 2016. Agora é ainda maior o desafio, tirar o máximo de proveito das oportunidades geradas pela passagem dos Jogos por aqui e da visibilidade que ganhamos mundo afora.
Um estratégia ousada e diferente da promoção do Rio e do Brasil, uma nova política de captação de eventos associativos e esportivos já passou da hora de ser planejada e executada.
Mesmo trabalhando com viagens, você é do tipo de turista que não perde de postar um clique nas suas redes sociais? Então você faz parte da estatística de que o turista brasileiro é o que mais partilha fotografias de viagens nas redes. O dado é da momondo, buscador de passagens aéreas e reservas de hotéis.
Para a pesquisa, foram analisados os hábitos de viagens de turistas de 20 países diferentes; sendo observado que 58% dos viajantes do nosso país publicam postagens enquanto realizam os passeios. Se restringimos a pesquisa a jovens brasileiros entre 25 e 35 anos, o dado chega a 70%.
Os números são bastante expressivos, principalmente se considerarmos que a Bélgica e a Dinamarca, países em última colocação neste ranking, possuem 16% de turistas que afirmam compartilhar suas viagens em tempo real.
Entre nossos conterrâneos, a rede social mais utilizada para publicação de fotos de viagens é o Facebook, usado por 90% dos turistas daqui, em seguida vêm o Whatsapp, com 72%, o Instagram, com 52% e o Twitter, com 34%. A famigerada e, ainda assim, pouco pesquisada rede social Snapchat não entrou na pesquisa.
Com uma conectividade tão evidente, é de se esperar que o turista brasileiro também valorize um bom WiFi disponível. A pesquisa revelou que o Brasil também é o que mais aprecia o serviço: 97% dos entrevistados brasileiros acreditam que o WiFi é importante, principalmente em hotéis, aeroportos e restaurantes. Em último lugar neste quesito, ficaram a Áustria e a Alemanha, países em que apenas 21% de entrevistados priorizam a disponibilidade de WiFi em estabelecimentos.
O poder das redes sociais
Durante as Olimpíadas Rio 2016, comentei aqui no blog sobre a força das redes sociais e a expressiva presença dos brasileiros. Com poder de gerar interação de personalidades, formar opinião ou trazer à tona fatos, o conteúdo deste tipo de mídia não pode ser ignorado e deve sim ser usado como estratégia de fomento de turismo.
Quanto mais o tempo passa, mais temos evidências de que, com o brasileiro reinando quase que soberanamente nas redes, essa responsabilidade é ainda maior por aqui. Ignorar a essencialidade da presença de promoção de turismo nas redes sociais é ignorar também a presença dos próprios turistas, e mais: arrisco dizer que é uma forte recusa ao desenvolvimento de marketing e às novas práticas do turismo que se estabelecerão, com ou sem o nosso consentimento.
O desafio dos destinos
O maior desafio dos destinos para desenvolver um marketing eficaz e de resultados, não é somente desenvolver um site bem estruturado ou estar presente nas redes sociais: é necessário estabelecer uma política contínua de conteúdo de imagens e vídeos que tragam interatividade, ao mesmo tempo em que promovem o destino. Cativar, ser ativo nas redes e interagir com clientes em potencial é essencial e exige planejamento e dedicação.
Faz uma semana desde o início das Paralimpíadas Rio 2016 e, até aqui, temos muito a comemorar.
A equipe de atletas brasileiros tem tido um desempenho excelente durante este período de competições, realizando feitos inéditos e quebrando recordes mundiais paralímpicos. O Brasil se mantém na quinta colocação no quadro de medalhas, com um total de 43 medalhas conquistadas até agora, sendo 10 de ouro, 21 de prata e 12 de bronze.
Somado à boa performance dos nossos atletas, o alcance de público no evento também tem sido motivo de comemoração. Nesta segunda-feira (12), a Paralimpíada atingiu a marca de 1,965 milhão de ingressos vendidos para as competições, quando a meta do comitê era de 2 milhões.
Além dos usuais espectadores e turistas que vão para as arenas torcer e acompanhar as competições, incentivos em escolas e instituições de ensino e campanhas de crowdfounding (a #FillTheSits, por exemplo, arrecadou U$$ 450 mil para investir em ingresos para crianças e adolescentes)têm contribuído para a prospecção de público nos Jogos Paralímpicos.
Entretanto, ainda restam 400 mil entradas para provas que acontecerão até esta sexta-feira. Os bilhetes para competições do fim de semana já estão esgotados. Ainda é possível comprar ingressos para o encerramento da Paraolimpíada, que acontecerá neste domingo.
Desempenho brasileiro
Tendo desempenho em progresso nas últimas Paralimpíadas, o Brasil tem se saído bem nesta edição de 2016. Dos destaques, temos o atletismo, esporte no qual o Brasil possui 7 medalhas de ouro conquistadas nesta Paralimpíada; as medalhas inéditas no halterofillismo paralímpico (para o baiano Evânio Rodrigues, que ficou com a prata) e no tênis de mesa feminino (da atleta Bruna Alexandre) e também a “dobradinha” da natação protagonizada por André Brasil (prata) e Phelipe Rodrigues (bronze), na noite desta terça-feira. E ainda tem mais por vir! Vamos acompanhando.
O Nordeste, lindo como a gente já sabe desde sempre, está na rota dos brasileiros como o destino mais procurado para viajar a passeio. É o que indica a pesquisa de Intenção de Viagem, divulgada pelo Mtur na última sexta-feira (9).
De acordo com o levantamento, dos brasileiros que querem viajar nos próximos seis meses, 76% prefere passear pelo Brasil. O Nordeste permanece na liderança sendo o favorito das intenções deste grupo, tendo 41% da preferência. Em seguida está a região Sul, com 26,6%; Sudeste, com (20,3%); Centro-Oeste, 6,6%) e Norte, com 5,5%.
Os dados da pesquisa são também reflexo dos esforços direcionados ao fomento do turismo na região Nordeste, mas ainda há muito a investir. A construção de projetos de marketing de destinos e estratégias que desenvolvam potenciais turísticos e tragam resultados a médio e longo prazo devem ser prioridades no roteiro de pautas dos que integram o setor.
O aumento da oferta de vôos para o Nordeste, em importante progresso neste ano de 2016, também permanece sendo um fator indispensável para tornar prático o resultado da pesquisa de intenção, já que, do público em questão -turistas brasileiros-, o avião é o principal meio de deslocamento para as viagens.
Malha aérea da região
Diante de um cenário complicado e difícil situação da malha aérea nacional, todo progresso é bem-vindo. Neste mês, a Gol retomou operações diretas entre Fortaleza e Natal e Fortaleza e Manaus, tendo vôos para a capital potiguar operados diariamente. Além disso, a empresa reintegrou à malha a rota direta Salvador-Natal e irá, a partir de outubro, iniciar a nova rota entre São Luís e São Paulo com vôos diretos.
Já em Pernambuco, a companhia Azul anunciou que há planos para operar vôos para Garanhuns e tem intenção de atuar em Serra Talhada, no sertão do estado, ainda no primeiro semestre de 2017. Através da companhia, Recife terá, a partir de dezembro, o primeiro vôo internacional direto do Nordeste, que será com destino a Orlando, nos Estados Unidos.
Após a deslumbrante cerimônia dos Jogos Olímpicos Rio 2016, a abertura dos Paralímpicos não podia ficar para trás. Em uma cerimônia emocionante, o Rio celebrou novamente a estada dos Jogos no Brasil.
Com o Maracanã praticamente lotado, os espectadores presenciaram um espetáculo de superação e criatividade. O surpreendente salto de Aaron Wheelz, a belíssima versão do hino nacional tocada por João Carlos Martins, o colorido do tema de praia, a dança luminosa, Amy Purdy em um dueto robótico, o desafio do nadador Clodoaldo Silva para acender a pira: tudo nos cativou e nos fez refletir a respeito da inclusão de quem possui algum tipo de deficiência.
Enquanto se desenrolava a cerimônia, começava a polêmica: a Rede Globo, emissora oficial dos Jogos e assídua das competições da Rio 2016, não transmitiu ao vivo a abertura das Paralimpíadas. Apesar do slogan “Somos todos olímpicos”, o canal transmitiu, inclusive para o Rio de Janeiro, sua programação normal de novelas, jornal e o futebol, o que gerou insatisfação dos espectadores da TV aberta e muitas críticas nas redes sociais. Mais tarde, a emissora levou ao ar um compilado de 30 minutos dos melhores momentos da cerimônia, que teve 4 horas de duração.
Em resposta, a emissora afirmou seu compromisso com os Jogos Paralímpicos e declarou: “tomamos a decisão artística de fazer um compacto com o melhores momentos, pois acreditamos que este era o formato que proporcionava a melhor experiência para o nosso público”.
Discussões à parte, o Brasil provou mais uma vez que sabe emocionar. E, aos poucos, a gente acrescenta mais um legado da passagem dos Jogos por aqui: a quebra de preconceitos e a celebração das diferenças. Esse momento é a cara do Brasil, da diversidade, das diferenças e da alegria. Força diante da adversidade e a mania de não desistir.
Após todo o frenesi dos Jogos Olímpicos do Rio, chegou a vez de acompanharmos os Jogos Paralímpicos Rio 2016, cuja cerimônia de abertura será hoje (7). Com 23 modalidades, 11 dias de competição e milhares de histórias de superação, os Jogos Paralímpicos terão o total de 528 disputas por medalhas e receberá mais de 4 mil atletas do mundo todo.
Infelizmente, a grande maioria das emissoras de TV aberta não transmitirá a cerimônia de abertura, que acontecerá no Maracanã e promete ser surpreendente. Com o tema “Todos têm coração”, a cerimônia contará com uma equipe de 500 profissionais e mais de 2 mil voluntários.
Para quem tem acesso à TV por assinatura, vale dar uma conferida na festa que irá declarar o início dos Jogos Paralímpicos Rio 2016, hoje às 18h15.
Brasil nas Paralimpíadas Esta será a 12ª participação do Brasil nos Jogos Paralímpicos e será a maior delegação da história do país, com 287 atletas. Já considerado uma potência no esporte Paralímpico, o Brasil ficou em 7º lugar no ranking geral de medalhas (com 43, no total) em Londres-2012. O objetivo deste ano é ficar em 5º lugar no quadro geral. Garra e força de vontade não faltam. Boa sorte para os nossos heróis paralímpicos!
Muito se fala em sustentabilidade, mas, apesar de ser sempre debatida, a própria definição da palavra é, para alguns, ainda um tanto confusa. Indo além do “ecologicamente correto”, o desenvolvimento sustentável, segundo a Organização Mundial de Turismo, abraça estratégias que supram necessidades de trabalho sem comprometer recursos para gerações futuras. No entanto, trazer esse conceito para o turismo caracteriza um desafio, principalmente quando sabemos tão pouco a respeito do impacto causado pelos visitantes em nosso destino.
Nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio, por exemplo, foram implantadas uma série de medidas que contribuem para a sustentabilidade no turismo, como: distribuição de cartelas sobre turismo responsável, o reforço de práticas de preservação do ambiente público, e roteiro diferenciado das cidades, idealizado pelo Programa das Nações Unidas Para o Meio Ambiente (PNUMA) com indicação de ecoturismo, culinária regional e atividades culturais.
O assunto também está na agenda da 44ª ABAV – Feira Internacional de Turismo, que ocorrerá no fim deste mês em São Paulo.
Por quê o tema é importante? Tem-se como abrangência da sustentabilidade três pontos essenciais que também são fatores determinantes do turismo: aspectos ambientais, aspectos socio-culturais e aspectos econômicos. Ao aprimorar e preservar esses aspectos há influência direta no setor de turismo. Essa associação dá origem ao turismo sustentável, que é a forma de gestão que preserva os processos ecológicos, a cultura e movimenta a economia de um destino.
O Brasil ainda tem muito o que analisar e aprimorar dentro deste debate. Desde o incentivo de pesquisas de efeitos do turismo para o destino até a criação de estratégias que desenvolvam a sustentabilidade. Discutir e agir diante da fragilidade da nossa gestão nesse aspecto é fundamental para a geração de mudanças e, na mesma proporção, para a garantia de negócios, empregos e investimentos.