Pergunte ao Ministro

Com a aproximação do Fórum Panrotas 2015, desejo transformar a entrevista programada com o Ministro do Turismo para dia 24 em uma oportunidade para traduzir os principais pensamentos, dúvidas ou impressões dos colegas do turismo brasileiro e colaborar com o trabalho do Ministério.

A pergunta a fazer ao Ministro é: “Como sua pasta pretende inovar e estimular a indústria de viagens e turismo no Brasil?” Bem, essa pergunta se traduzirá em um bate bola de temas que quero construir com os leitores do Panrotas e os participantes do Fórum.

Podemos falar de câmbio, turismo interno, legislação, aviação, promoção, qualificação, experiências, destinos e muitos outros temas que fazem parte do cotidiano de reuniões, fóruns, palestras e conversas entre empresários, colaboradores, líderes públicos e privados. Então #partiuperguntaaoministro, envie sua pergunta, um vídeo de 30 segundos, uma fotografia, e colabore com a preparação de nossa participação durante o Fórum Panrotas 2015.

Enviar para o email partiuforumpanrotas2015@gmail.com; lembre-se perguntas curtas e objetivas. Obrigada !

Variação cambial, quais as tendências ?

O Departamento de Estudos e Pesquisas do Ministério do Turismo divulgou os dados sobre receita e despesa cambial turística referente ao mês de janeiro de 2015 de acordo com os dados do Banco Central.

Os números mostram que houve uma diminuição relevante quanto à receita com gastos dos estrangeiros no Brasil, que totalizou US$ 555 milhões, representando uma redução de 13,78%, quando comparado ao mesmo período em 2014. No primeiro mês do ano passado, os turistas geraram uma receita de US$ 643 milhões no país.

Por outro lado, os brasileiros gastaram um  pouco mais no exterior. Segundo a pesquisa, aproximadamente US$ 2,207 bilhões foram gastos pelos brasileiros em terras estrangeiras, o que gerou um aumento de 4,08%, comparado ao valor de US$ 2.120 bilhões de janeiro de 2014. O fato é que nos últimos anos os gastos dos brasileiros em janeiro sempre crescia a dois dígitos; de 2012 para 2103, por exemplo, foi de +14%.

Ainda é cedo para apontar tendências quanto ao comportamento da receita e despesa cambial turística, mas o primeiro mês do ano, com uma retração de quase 15% das despesas dos estrangeiros no Brasil, já faz o mercado se voltar para o assunto. O ano de 2014 fechou com gastos dos brasileiros quase estagnados em relação a 2013 (+1,13%), e dos estrangeiros em +3%; até aonde foi a influência da Copa do Mundo FIFA, e como a variação e flutuação cambial influenciaram os comportamentos de viagem? O fato é que 2015 já começa com dólar acima de R$ 3,00, e que  janeiro é sempre um mês com gastos altos por conta das férias. Aquecimento do mercado interno? Pequena retração de viagens? A pesquisa de sondagem do MTur mostra uma diminuição de cerca de 4% nas intenções gerais de viagens dos brasileiros nos primeiros seis meses de 2015, seja no nacional ou no internacional.

Nos fóruns internacionais de turismo são remarcados como preocupantes o cenário nacional brasileiro e a possível diminuição do número e do gastos no exterior. O que esse cenário cambial e outros temas relacionados à economia brasileira e global terão de impactos nas viagens? Esses e outros fatores precisam ser avaliados e medidos para contribuir com as estratégias comerciais e institucionais sob o risco de menosprezar ou de superestimar a capacidade e o comportamento dos viajantes. Quais são as tendências até agora na sua opinião?

Turismo internacional cresce pelo quinto ano consecutivo

De acordo com os dados divulgados esta semana pela Organização Mundial do Turismo (OMT), aproximadamente 1,3 bilhão de turistas viajaram pelo mundo em 2014, um aumento de 51 milhões de pessoas, que resulta em um crescimento de 4,7% em relação a 2013.

Este é o quinto ano consecutivo de crescimento do índice. Em relação aos dados por região, o continente americano aparece com o maior crescimento (7%), seguido da Ásia e da região do Pacífico (5%), Europa (4%) e África (2%). A sub-região com maior crescimento foi a América do Norte, que registrou +8%, sendo a principal responsável pela chegada de 181 milhões de pessoas em todo o continente americano. A Europa, com 588 milhões de visitantes (mais da metade dos números globais), continua sendo o destino mais procurado pelos turistas, seguida da Ásia, com 263 milhões. A OMT trabalha com uma perspectiva que, em 2015, os números cresçam entre 3% e 4%. A expectativa para este ano é que o turismo na Ásia e no Pacífico, como também nas Américas deverá obter o maior incremento, atingindo uma variação positiva entre 4% e 5%. Em relação às despesas e investimentos dos turistas nos destinos, em 2014, o Brasil conseguiu manter um ritmo de crescimento, apontando uma variação positiva de 2%. Países já consolidados como grandes emissores, como França (11%), Estados Unidos (6%), Reino Unido (4%) e Itália (6%) compensaram um processo de desaceleração de mercados emergentes, que estavam obtendo crescimento nos últimos anos.

EUA e Cuba e Turismo

Retomada das relações diplomáticas com EUA movimenta turismo em Cuba

Uma das notícias mais relevantes do final de 2014 foi a retomada das relações diplomáticas entre os Estados Unidos e Cuba. Após mais de meio século, os EUA abrirão sua embaixada em Havana, além de adotar uma série de medidas que impactam diversos segmentos da economia, como é o caso do turismo.

De acordo com o Havana Consulting Group de Miami, a tendência é que o número de turistas americanos cresça de forma gradativa na ilha, chegando a dobrar, tendo em vista a diminuição de restrições por parte do governo norte americano para os viajantes.

Outra perspectiva trazida pela consultoria é que, por outro lado, os preços de hotéis e demais serviços devem aumentar, impactando turistas da América Latina e Europa que costumam ser atraídos pelas ofertas especiais em Cuba, no chamado “turismo barato”.

Diante desse cenário, a ilha aparece como um lugar de oportunidades e desafios para o setor.

A receita e a despesa em 2014, e as tendências para 2015

Os dados divulgados sobre as receitas e despesas do turismo internacional em 2014 sintetizam um ano bastante atípico.

Por parte dos gastos dos estrangeiros no Brasil, apesar de recorde anual que chega a 6,9 bilhões de dólares, se não fossem os meses de junho e julho com a Copa do Mundo FIFA, 2014 teria trazido resultados muito negativos na entrada de divisas. Todos os meses foram negativos em relação a 2013, com exceção de maio (+1,8%), junho (+76%) e julho (+46%). O efeito cambial, a realização do Mundial e a baixa competitividade do Brasil ainda mostram um importante caminho a trilhar no acesso aéreo, chegadas terrestres melhor aferidas, produtos de qualidade e ações contínuas e inovadoras para a atração de estrangeiros.

Os gastos dos brasileiros no exterior tiveram um pequeno aumento em relação a 2013, de 1,1%, chegando no entanto a 25,6 bilhões de dólares. Desde o segundo semestre de 2013 que os mercados receptivos internacionais já mostravam preocupações com a chegada e os gastos dos brasileiros. Esse cenário se agrava com a diferença cambial, ainda, provavelmente com menos gastos e a manutenção de algumas viagens. Mas o ano de 2015 não sinaliza muitas mudanças pelo desempenho econômico e os apertos nas contas.

Volta aqui, mais uma vez, a importância do mercado doméstico, que pode ser a opção dos brasileiros, uma ótima noticia, e que deveria vir acompanha de mais qualidade, mais produtos, experiências mais criativas e viagens memoráveis. A pesquisa de sondagem das intenções de viagens dos brasileiros realizada em dezembro de 2014 pelo Ministério do Turismo/ FGV indicou que entre janeiro e junho de 2015 as intenções de viagens diminuíram de 38% em 2013 para 35% em 2014; as viagens domésticas são as opções daqueles que pretendem viajar, diminuindo de 22% para 17% aqueles de teriam a intenção de viajar para o exterior em dezembro de 2013 em comparação com o mesmo ano de 2014. Os destinos preferidos no Brasil  são o nordeste para 36% e o sudeste para 30,7%.

Vamos trabalhar !

Eles vem ou nós vamos ?

O ano de 2015 chega com dólar alto e economia sem crescimento. Normalmente esse cenário poderia tornar o Brasil mais atrativo para os estrangeiros e incentivar as viagens dentro do país. Essa equação, aparentemente simples, também chega num cenário mais complexo, com variáveis externas que podem ou não favorecer esses movimentos.
Por um lado, 2014 teve no geral um resultado positivo no número de estrangeiros e nos seus gastos, mas diretamente influenciado pela realização da Copa do Mundo FIFA; ou seja, o início e o final do ano não favoreceram a atração de visitantes internacionais.
A diminuição dos gastos dos brasileiros no exterior é um sinal de maior precaução, mas ainda não de re3tração das viagens. Talvez menos dias, gastos mais controlados, vamos aguardar o final da temporada para ver o quadro de forma mais clara. O desempenho da economia e a variação cambial terão efeito direto sobre essas tendências.
O fato é que, seja para estimular as viagens domésticas ou para atrair estrangeiros, segue a máxima de melhoria dos serviços públicos e privados; da qualidade e da quantidade de informações disponíveis sobre os destinos e seus atrativos; do conhecimento dos diferenciais e do aumento da competitividade de maneira geral.
Temas para cuidar agora com resultados de médio e longo prazos. Sem esquecer que o sucesso dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2016 são o sucesso do Brasil, e não somente do Rio.
Feliz 2015.

World Travel Monitor 2014

A ITB Berlim publicou essa semana o World Travel Monitor Trends 2014, esse relatório, preparado pelo IPK Internacional, apresenta os principais resultados do turismo mundial em 2014 e fala de algumas tendências para o próximo ano. Os dados fazem parte do maior banco de dados sobre turismo coletados em 63 países com representatividade global e cobertura de quase 100% dos principais mercados turísticos. São 63 institutos de pesquisa em diversos países que coletam os dados e transformam em análises e inteligência comercial sob demanda para empresas e destinos turísticos em todos o mundo. O IPK International é representado na América Latina pela Pires & Associados.

Os destaques de maior interesse global e para o Brasil são:

– baixo desempenho das economias russa, brasileira e da zona do euro;

– as tendências verificadas em alguns novos destinos emissores como Brasil, Chile, México, Peru e Colômbia são colocadas em dúvida;

– o turismo está melhor que a economia mundial, deve crescer cerca de 4,5% em 2014

– os gastos dos turistas em viagens internacionais devem fechar o ano em +6%

– a permanência média global está mais curta

– a América do Sul deve fechar o ano com +5% de chegadas sob forte impacto dos números de chegadas da Copa do Mundo

– as viagens de férias (+31% de crescimento nos últimos 5 anos) que mais crescem são as de visita a cidades (+58%) e de touring (+32%); sol e praia está em declínio mas ainda representa quase 30% do market share desse segmento

– os principais destinos de viagens de long haul no mundo são: EUA, Reino Unido, Tailândia, Itália, China e Alemanha

– os principais emissores de long haul são: EUA, Reino Unido, China, Canadá, Japão e Alemanha

– grande crescimento da hospedagem em meios “para hoteleiros” como segunda residência, casa de amigos e parentes e das “sharing firms” como AirBNB, HomeAway, FlipKey e outras

–  o segmento MICE, que representam 54% do segmento de turismo de negócios, aumentou seu market share com tendências de mais escolhas individuais para as viagens, preços menores, maior acesso, flexibilidade, transparência e o uso de comunicações integradas

– as reservas feitas pela internet já representam 66% do mercado, mas crescem a níveis mais baixos; já as reservas feitas pelas agências de viagens representam 24% do mercado e devem se consolidar nesse patamar de market share

– as reservas por telefone aumentam com destaque na China, EUA, Japão e Europa

– o uso de mídias sociais ocorre com grande parte dos viajantes, com destaque para 95% dos chineses, 84% dos brasileiros, 65% dos norte-americanos, 61% dos europeus e 51% dos japoneses.

Quer assistir à apresentação completa do relatório? Clique aqui.

 

E o mais twitado no mundo foi….

Se as redes sociais, o compartilhar, o selfie e os comentários são que mais influenciam as viagens no mundo, então precisamos refletir por que o Brasil quebrou todos os recordes esse ano. Por que o mundo falou mais sobre nosso país.

Fizemos a Copa do Mundo FIFA 2014, bilhões de espectadores ? Não. Muito mais do que isso.

Segundo o @Twitter 2014 foi declarado o ano do selfie e o Mundial de Futebol do Brasil  foi o evento mais twitado da história da rede social; foram 672 milhões de tweets.

Facebook Year in Review Copa

Já no Facebook ocorreu o mesmo, o número 1 dos Top Trends (Maiores Tendências) é nada mais do que a Copa 2014; assista ao vídeo: http://newsroom.fb.com/news/2014/12/2014-year-in-review/.

E ainda a Copa não foi boa para o turismo?

Imagina nos Jogos Olímpicos.

Veja ainda os lugares no Brasil com maior destaque no Facebook:

Top10_Places_BR

Para vender a Alemanha em 2015

Para atrair os turistas em 2014 a estratégia do Germany Tourist Office foi destacar os 39 sítios da UNESCO que o país possui, muitos deles castelos e parques em diversas cidades do país. Veja aqui a lista dos locais http://unesco.germany.travel/en/index.html.

Para 2015, o órgão de turismo já anunciou as novidades, trará como pontos de destaque: Tradições e Costumes.

Os temas ligados ao foco da promoção visam destacar três aspectos da cultura germânica em detalhes: a culinária, os festivais e as artes.

Para a culinária, as cozinhas regionais serão retratadas junto com as regiões; no caso dos festivais e eventos, além dos destinos e períodos do ano que acontecem, a curiosidade ficará em conhecer melhor as roupas e diferentes danças de cada tradição; e finalmente no caso das artes e do artesanato, uma infinita variedade de obras serão mostradas, com destaque para o relógios Cuckoo e os Nutcrackers.

Ter temas e focar em aspectos diferentes em cada ano na promoção é uma forma de trabalhar a diversidade e ao mesmo tempo falar sempre de forma mais profunda sobre alguns dos aspectos que se tornarão mais conhecidos pelos turistas. Considero uma ótima estratégia e um formato que nos permite ter todas as informações mas não perder o foco em mostrar aos clientes o que eles podem encontrar de novo no destino.

Em breve será lançado um microsite para 2015 e você ainda pode acompanhar as informações e detalhes com a #JoinGermanTradition.

 

Nossas contas até outubro

O ano de 2014 foi atípico, comentam todos.
Realmente a Copa do Mundo FIFA 2014 e as mudanças de cambio são fatores que influenciaram tanto as viagens dos brasileiros ao exterior como a vinda dos estrangeiros ao Brasil.
No caso dos estrangeiros, os meses de junho e julho bateram todos os recordes; de turistas recebemos um milhão e de gastos foram 76% e 46% a mais nos dois meses respectivamente. Entre janeiro e outubro ainda temos um crescimento de 6% em relação ao mesmo período do ano passado, mas com exceção dos meses da Copa e de maio (+1,8%), todos os demais meses foram negativos para a entrada de dólares no país.
As viagens dos brasileiros tiveram uma alteração de período, substituindo em parte junho e julho (até o final da Copa) por agosto; e um gasto 2,42% superior entre janeiro e outubro desse ano em relação a 2013. Mesmo assim nosso deficit é de quase 16 milhões de dólares até outubro de 2014.
O mês de outubro já mostra uma diminuição dos gastos dos brasileiros na ordem de 8% em relação a 2013, mas segundo alguns agentes do mercado, as pessoas continuam viajando e gastando menos.
O lado bom da história? Provavelmente um maior interesse em viajar dentro do Brasil e um pequeno empurrão na vinda dos estrangeiros ao Brasil, será?