Japão

A inconfundível hospitalidade japonesa

Omotenashi. Uma palavra apenas e tanto significado para definir a inconfundível hospitalidade japonesa. Alto padrões de serviço até nos hotéis mais simples, associados a um profundo comprometimento em antecipar e satisfazer as necessidades dos outros – como um modo de vida mesmo.

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A boa hospitalidade japonesa é um conceito profundamente arraigado no dia-a-dia de sua própria cultura. Em teoria, seu significado seria algo como “fazer pelo outro do fundo do coração”. Talvez, por isso mesmo, ao invés dos procedimentos tão formais e com aquele jeito constante de “roteirizado” que vimos na hotelaria – sobretudo no mercado de luxo” seja carta (felizmente) fora do baralho no Japão.

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Foto: Mari Campos

Num universo em que conforto emocional é tão importante como eficiência, fica fácil entender porque nos sentimos sempre bem tratados nos hotéis japoneses. A atenção aos pequenos detalhes, a delicadeza dos movimentos, o silêncio, a postura diante da oferta de gorjetas, tudo importa.

A sinfonia que é cada refeição, desde o imperdível café da manhã japonês até a mais simples entrega de petiscos para acompanhar o seu drink em um bar. Os deliciosos kimonos ou pijamas deixados todos os dias, limpinhos, para o hóspede. Até a excessiva formalidade cheia de mesuras em algumas propriedades mais tradicionais é mais delicada.

É mesmo impossível voltar de uma viagem ao Japão sem encantar-se com a genuína e inconfundível hospitalidade japonesa.

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Foto: Mari Campos

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Hospitalidade japonesa em três atos

Durante a minha viagem de volta ao mundo, passei dias incríveis no país, entre Tóquio e Kyoto, aproveitando ao máximo a boa hospitalidade japonesa em ambas cidades.

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Em Tóquio, em uma primeira viagem à cidade, eu acho Ginza uma região acertadíssima, com muita coisa que dá pra fazer à pé, incontáveis cafés, lojas, malls, bares e restaurantes (inclusive sob os trilhos do Skinkansen). É dos arredores também que partem e chegam os Shinkanzen na Tokyo Station; e das muitas estações de metrô espalhadas por Ginza e arredores a gente chega em qualquer canto da cidade.

Em Kyoto, muito menor e mais administrável geograficamente, a localização não importa tanto – mas é altamente recomendável ficar próximo a pontos de transporte público e, de preferência, podendo fazer algo gostoso na cidade em estilo walking distance. Para mim, escolher um hotel fora dos bairros mais movimentados, mas com fácil acesso a eles, foi fundamental.

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A seguir, três takes bem distintos entre si da adorável hospitalidade japonesa que experimentei durante a minha viagem.

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Piscina do Peninsula Tokyo. Foto: Mari Campos

The Peninsula Tokyo, Tóquio

O excepcional The Peninsula Tokyo tem vistas divinas a partir das acomodações, seja para o agito de Ginza ou para a paz dos jardins do Palácio Imperial a partir de seus quartos e suítes.

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O edifício contemporâneo de Kazukiyo Sato combina perfeitamente com o interior repleto de elementos associados à cultura japonesas. Além disso, são quase mil obras de arte japonesas espalhadas por suas acomodações e áreas comuns – incluindo uma espetacular instalação no lobby de pé direito altíssimo.

Os quartos e suítes são incrivelmente espaçosos, elegantes, confortáveis. E cheios de amenidades bem pensadas, incluindo closet, deliciosos kimonos, grandes banheiros com pias duplas, um aparelho portátil de Wi-Fi pra você carregar pela cidade.

As acomodações têm também um aparato para secar o esmalte das unhas rapidamente (hoje presente em várias unidades da marca Peninsula, foi ali em Tóquio que tudo teria começado). Hóspedes das suítes ainda ganham três horas de tour privativo pela cidade, por onde quiserem, num MiniCooper com motorista.

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São oito restaurantes diferentes no edifício do Peninsula Tokyo, mas apenas dois são diretamente administrados pelo hotel. Vale experimentar o delicioso menu do Peter, no 24º andar, com vistas espetaculares para a cidade – famoso pelos peixes mas também pelos impecáveis cortes de carne nobre. O local tem também um bar homônimo anexo, com excelente serviço, ótimas opções em drinks e também em comidinhas rápidas. Tudo com vista, é claro.

A localização incrível fica ainda melhor com o fato de uma das estações de metrô ter uma saída/entrada literalmente dentro do hotel. Mas imperdível mesmo é seu spa, com acesso liberado à piscina coberta de 20 metros e uma deliciosa jacuzzi, ambas com vista para os Jardins do Palácio Imperial.

Ah! Quem se hospeda no The Peninsula Tokyo conta gratuitamente com todos os serviços comuns aos Peninsula Hotels, do concierge 24h disponível pelo PenChat ao imbatível “Peninsula Time”, que ajusta os horários de check in e check out aos horários de voos do hóspede.

CLIQUE AQUI para conferir disponibilidade e valores do The Peninsula Tokyo

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Foto: Mari Campos

Imperial HOTEL, tóquio

O Imperial Hotel Tokyo tem estilo clássico, à moda antiga, embora esteja localizado em pleno agito de Ginza (e com todas as facilidades para o turista que essa boa localização prevê). Apesar de grandalhão (são 560 acomodações no total!), é parte do seleto portfólio da The Leading Hotels of the World.

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Originalmente construído em 1890, o edifício que ocupa quase uma quadra inteira sobreviveu a terremotos, incêndios e guerras ao longo de sua história. Já foi reconstruído duas vezes (a primeira reconstrução tocada por ninguém menos que Frank Lloyd Wright) e, com suas instalações já se notando datadas, planeja passar por uma terceira remodelação nos próximos anos.

Os ambientes públicos apostam no décor old-school e propõe uma hospitalidade japonesa mais formal. No gigantesco lobby, sempre chama a atenção o grande arranjo de flores diante da escadaria, que vai mudando conforme a estação.

No Imperial Hotel Tokyo, as acomodações instaladas nos chamados “andares imperiais” são um pouco mais modernas, com décor mais leve, belas vistas (o meu tinha vista linda para os jardins imperiais) e alguns benefícios extras (como concierge dedicado ao andar ou uma taça de vinho ou cerveja cortesia na happy hour).

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Há sempre gostosos pijamas/kimonos nos quartos e o café da manhã está incluído em boa parte das diárias. O serviço de café da manhã ali, aliás, é curioso. O hóspede recebe no check-in pequenos vouchers impressos em papel simples, confirmando suas opções possíveis para o café da manhã em distintos estabelecimentos do hotel.

Fica a critério do viajante decidir a cada dia se quer fazer seu desjejum no acanhado restaurante japonês, no grande buffet americano, no restaurante que serve um café mais continental ou ainda num peculiar espaço com temática ligada ao Snoopy. Basta apresentar seu voucher ao garçom ao entrar no restaurante em um menu específico para hóspedes com café da manhã incluído será apresentado.

O hotel conta também com 12 estabelecimentos gastronômicos diferentes (incluindo um restaurante com estrela Michelin e um champagne bar bem contemporâneo, inaugurado recentemente). O Imperial Hotel Tokyo conta também com diversas lojas, academia, sauna e piscina coberta.

CLIQUE AQUI para conferir disponibilidade e valores do Imperial Hotel Tokyo. 

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Foto: Mari Campos

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Ritz-Carlton Kyoto, Kyoto

O impecável Ritz-Carlton Kyoto se revelou uma surpresa melhor ainda que o esperado da boa hospitalidade japonesa. Não apenas por ter sido o melhor hotel Ritz-Carlton no qual me hospedei (e realmente MUITO diferente de qualquer outro hotel da marca), mas também por sua localização pouco convencional.

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O belo e discreto resort, de poucos andares, fica localizado em uma área bastante sossegada e silenciosa às margens do Rio Kamo, num cantinho tranquilo dia e noite. Mas, ao mesmo tempo, tem fácil acesso às principais atrações turísticas da cidade, seja caminhando um tanto ou tomando transporte público quase ao lado.

Além disso, tem simpáticas bicicletas para empréstimo – uma boa sacada, já que as bikes reinam mesmo soberanas entre os moradores de Kyoto, com permissão para passar inclusive pelas calçadas.

As acomodações são espaçosas e têm dois estilos bem distintos: um estilo minimalista contemporâneo, em formato clássico, ou ainda com mais toques japoneses no décor e o dormitório em estilo tatame/ryokan (que foi minha escolha, já que não teria nenhuma hospedagem em ryokan desta vez).

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Quartos e suítes vêm sempre com enormes e elegantes banheiros com alguns itens artesanais locais entre as amenidades Diptyque. O meu curiosamente funcionava como um corredor entre a sala e o dormitório, mas com bastante espaço, incluindo chuveiro e banheira. Tinha também uma deliciosa varanda dupla com vista para a cidade e o rio.

Ritz-Carlton Kyoto conta ainda com um belíssimo spa subterrâneo, uma fartura impressionante de obras de arte, loja de macarrons de Pierre Hermé e vários espaços públicos bem contemporâneos mas, ao mesmo tempo, bastante japoneses e aconchegantes.

Na gastronomia, são dois deliciosos restaurantes, um japonês e um italiano recentemente reformulado. A melhor parte? Há distintos serviços de café da manhã nos dois! E são ambos espetaculares (e estão sempre incluídos para membros Elite do programa Marriott Bonvoy).

No italiano Locanda há um farto buffet internacional; no minimalista Mizuki, um estupendo menu tradicional japonês servido à la carte. Em ambos casos, o gran finale está garantido: ao final da refeição, há fartura de brioches e croissants de Pierre Hermé incluídos no menu.

CLIQUE AQUI para conferir valores e disponibilidade do Ritz-Carlton Kyoto

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Foto: Mari Campos

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Para quando você for ao Japão

Com a boa hospitalidade japonesa garantida, é importante prestar atenção em outros pequenos detalhes da viagem. Para não cair na armadilha dos preços surreais resultantes dos congestionamentos entre Tóquio e os aeroportos de Narita e Haneda, dependendo do horário do dia, se você decidir por um transfer privativo entre o aeroporto e seu hotel (como eu fiz), recomendo muito reservar o trajeto no site da Blacklane.

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Essa companhia presente em diversas cidades do mundo todo (e que já recomendei aqui outras vezes) tem sempre carros e motoristas excelentes, super pontuais, e o preço da viagem é sempre 100% fixo, sem surpresas, independentemente de enfrentarmos ou não congestionamentos no caminho.

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Foto: Mari Campos

O serviço da Blacklane tem hospitalidade de primeira e é especialmente útil para quem chega ou sai de Narita de madrugada, horário em que o trem Narita Express não funciona – foi exatamente esse o meu caso no dia do meu voo de Tóquio para Shanghai.

E recomendo muito também que você já chegue no Japão com um chip de celular ativado para garantir que sempre tenha acesso à internet. Usei, como sempre faço, o chip para viagens internacionais da O Meu Chip (que, aliás, funcionou maravilhosamente em todos os sete países da volta ao mundo).

Durante todos os meus dias no Japão, fiquei conectada 100% do tempo, sem estresse – inclusive em trânsito, nos trens. Há sempre pelo menos 15% de desconto na compra de qualquer chip físico ou eSIM NESSE LINK com o cupom MARICAMPOS.

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Mari Campos

Mari Campos (@maricampos) é jornalista formada e premiada nacional e internacionalmente. Viajante de toda a vida, escreve desde 2004 sobre turismo e hotelaria de luxo para os principais jornais, revistas e sites do Brasil, além de colaborar com algumas revistas e jornais de outros seis países. É também consultora para a indústria da hospitalidade e foi eleita em 2020 pelo ranking Panrotas+Elo uma das 100 pessoas mais influentes do turismo no Brasil. Além da coluna aqui no Panrotas e das colaborações mensais para diversas publicações, é colunista fixa no jornal O Estado de S.Paulo, tem três livros de viagem publicados pela Verus/Record e comanda também desde 2007 o MariCampos.com. Seu instagram @MARICAMPOS foi eleito pelo Kayak um dos dez melhores perfis de viagem do Brasil. Praticante do turismo responsável e regenerativo, põe atenção nos mínimos detalhes de cada hospedagem e acredita que, sim, uma boa cama, uma bela vista e, principalmente, um serviço caprichado podem tornar qualquer viagem ainda melhor.

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