Six Senses Shaharut

Six Senses chega a Israel com Six Senses Shaharut

A imensidão de crateras, montanhas, penhascos e formações geográficas espetaculares do deserto do Negev cobrem mais da metade de todo o território de Israel. Fazendo fronteira com a Jordânia, esse fenomenal deserto, tão fértil em belezas naturais e experiências bem autênticas em tours, parques nacionais e kibbutzim da região, carecia há tempos de uma opção realmente confortável e com bom serviço de hospitalidade. O jogo agora virou: a rede Six Senses chega a Israel com Six Senses Shaharut.

O hotel, inaugurado no segundo semestre de 2021 mas aberto a turistas internacionais somente em março deste ano, já está mudando o cenário turístico na região. Com proposta 100% focada em bem estar e sustentabilidade, e instalado literalmente em meio ao deserto, o Six Senses Shaharut já começa a atrair hóspedes que nem estão viajando propriamente por Israel. É cada vez mais frequente turistas em viagem pela Jordânia escaparem por alguns dias ao país vizinho para conhecerem todas as belezas do Negev com o conforto e a excelência das propriedades Six Senses (são cerca de 3h de distância do hotel a Petra).

Conhecer o deserto do Negev, em Israel, era um dos meus sonhos de viagem. Tive o prazer de realizá-lo neste junho de 2022, após concluir um roteiro de “Terra Santa para brasileiros” com a agência curitibana Caminhos Viagens. E o sonho do Negev se realizou de maneira ainda melhor que a esperada: tive o prazer de ser a primeira jornalista brasileira a se hospedar no novo Six Senses Shaharut durante minhas aventuras por lá (dá pra acompanhar não só minha estadia no hotel quanto também toda minha bela viagem por Israel no Instagram @maricampos). E na coluna de hoje vou contar em detalhes porque esse belo resort em pleno deserto é tão especial.

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Six Senses chega a Israel com Six Senses Shaharut

Faltava mesmo ao deserto do Negev uma propriedade focada no mercado de luxo (hotéis previamente existentes por lá focavam em sua maioria nas fatias mais econômicas do turismo, como o enorme Kfar Hanokdim e o Selina Ramon. O Six Senses Shaharut chegou com 60 acomodações em uma propriedade de 46 acres do deserto.

O hotel está em harmonia com o panorama quase sobrenatural das paisagens da região. Cada suíte foi desenhada para parecer uma mini villa (ou cottage), com enormes portas, relaxantes tons pastéis, muitas texturas diferentes e a cama sempre posicionada bem no meio do quarto, para garantir vista panorâmica do deserto através das janelas que vão do chão ao teto. 

Cada uma delas possui living, varanda e espaçosos banheiros, com banheira e chuveiro bem separados; algumas possuem também pequenas piscinas privativas, chuveiro externo e área de refeições. Há pouco espaço para guardar roupas ou abrir as malas. Tampouco há espaço para guardar as malas, que acabam ficando sempre aparentes no quarto, tolhendo um pouco a passagem.  Por outro lado, há água filtrada, café em cápsulas e biscoitos cortesia no belíssimo minibar embutido.

A decoração é um dos maiores trunfos da propriedade. Tudo no quarto é repleto de texturas, distintos tecidos, aromas naturais. Tudo é inspirado no deserto, com peças, objetos e louças produzidos com exclusividade por uma comunidade próxima. A arquitetura bem bolada garante vista panorâmica para o deserto para todas as acomodações e nenhuma delas fica à vista dos hóspedes que caminham pela propriedade.

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Projeto levou dez anos para ser concluído

O empresário Ronny Douek começou o projeto há dez anos, quando ainda nem imaginava que seria inaugurado como Six Senses Shaharut. O hotel já estava em avançado processo de construção quando a rede Six Senses entrou na jogada. A ideia de Douek sempre foi ter ali um hotel cujas construções (acomodações, áreas comuns etc) parecessem ter estado sempre ali, como uma espécie de vila nabateia – projeto levado a cabo com esmero pela arquiteta Daniella Plesner.

Com seus parceiros comerciais, investiu mais de 100 milhões de dólares na empreitada que realmente criou um hotel que parece parte da paisagem do deserto. E o projeto tinha mesmo tudo para se tornar uma propriedade Six Senses, tão focado em autenticidade e sustentabilidade.  É o primeiro hotel tanto de Israel quanto da própria rede Six Senses a conquistar certificação LEED.

O projeto está dando tão certo que executivos da rede já planejam criar uma espécie de “circuito Six Senses” em Israel, com diferentes propriedades em outros cantos do país. Vale lembrar que a cena hoteleira está em franca expansão no país que, além do Six Senses Shaharut, ganhou esse ano seu primeiro Kempinski em Tel Aviv (o antigo The David, que acaba de reabrir as portas) e tem Mandarin Oriental em franca construção na mesma cidade. 

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Mas nem tudo foi simples: Shaharut, que se traduz como o momento logo antes da alvorada, é também o nome de uma pequena comunidade dos arredores que, então com apenas 160 residentes, viu de repente sua população aumentar com alguns dos funcionários do hotel se mudando para lá.  Inicialmente os moradores não estavam nada satisfeitos com a chegada de um hotel a seu recanto remoto e silencioso; mas parece que agora os ânimos estão finalmente se acalmando por lá. 

Diversos moradores fizeram parte de alguma maneira dos elementos artesanais da construção e manutenção do resort, da madeira esculpida dos tetos e portas aos exclusivos cobertores, colchas e cerâmicas do hotel.  Dizem que Duek supervisionou cada porta, almofada ou lamparina instalada no resort, do qual segue sendo proprietário. 

A administração do resort apostou em um staff muito jovem de israelenses. A maioria veio sem experiência na área, recém saída dos anos no exército de Israel – o que torna o serviço bastante casual em todo o hotel e ainda precisando de ajustes importantes no restaurante, principalmente durante o serviço do café da manhã. Muitos funcionários do hotel estão hoje alojados numa pequena comunidade “kibbutz-style”.

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Para comer, relaxar, Se aventurar

O Six Senses Shaharut conta com três espaços gastronômicos focados em uma fusão da cozinha israelense com a mediterrânea. Há um grill próximo à piscina, o adorável Jamillah Bar para drinks, lanches e pratos leves, e o Midian, o restaurante principal, aberto para café, almoço e jantar.

Em todos eles, a proposta do chef executivo David Bitton (ex- King David) é utilizar ingredientes locais e regionais muito frescos, muitos deles produzidos no próprio hotel ou em algum kibbutz da região. Com mesas internas e externas, a cozinha ao vivo e o fantástico forno taboon se encarregam de produzir pratos étnicos e internacionais.

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O café da manhã servido diariamente no Midian é praticamente um evento – e tudo com vista panorâmica para o vale Arava, as montanhas Edom e até o pequeno vilarejo Shaharut. São inúmeras estações distintas de um imenso buffet de quentes e frios, uma área somente para queijos locais e diferentes tipos de iogurte e uma lista bastante interessante de sucos especiais e pratos à la carte, também incluídos. (aliás, reservar diárias com meia pensão ali é fundamental)

O Six Senses Shaharut tem ainda piscina infinity com vista para o deserto israelense e as montanhas jordanianas, um belíssimo spa ayurvédico com piscina indoor, estábulo com camelos resgatados, um anfiteatro para apresentações musicais e sundowners, e um genial jardim quase tropical que abastece as cozinhas do resort.  Atividades como aulas de yoga, tours pelo jardim, criação do seu próprio scrub e até happy hour ao por do sol três vezes por semana estão incluídas nas diárias, em dias e horários específicos.

Para chegar ao hotel, são cerca de três horas e meio de carro desde Tel Aviv ou Jerusalém, três horas de Petra ou 50 minutos a partir do Aeroporto Internacional Ramon (ETM), próximo a Eliat, no mar Vermelho. Chegadas em helicópteros também podem ser reservadas. O resort recebe apenas hóspedes acima de 12 anos.

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Caminho de Santiago

Hotelaria de charme na Galícia leva novo perfil de turista ao Caminho de Santiago

As diferentes rotas do Caminho de Santiago são há tempos um dos mais míticos itinerários do turismo internacional. Popularizado em diferentes livros, séries e filmes do final do século XX pra cá, ganhou ainda notoriedade entre viajantes de distintas nacionalidades e faixas etárias com a popularização das redes sociais. Mas, hoje, muito além dos mochileiros e da ampla rede de albergues públicos gratuitos nos trechos espanhóis, a hotelaria de charme na Galícia leva novo perfil de turista ao Caminho de Santiago.

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É isso mesmo: a indústria da hospitalidade cada vez mais caprichada em diferentes trechos do mítico Caminho que passa pela região espanhola da Galícia vem impulsionando sobremaneira o turismo de luxo na região. A afirmação vem do próprio departamento de turismo regional, que monitora a movimentação cada vez maior de turistas – inclusive brasileiros – na procura por hotéis de luxo, restaurantes estrelados, vinícolas e serviços privativos de guias e transportes.

Neste último maio tive o prazer de voltar a fazer parte do Caminho de Santiago desse jeito, com muito conforto e privacidade, zero muvuca, atravessando duas regiões espanholas (dá para acompanhar a viagem todinha no meu Instagram @maricampos). E as melhores surpresas hoteleiras ficaram para a sempre adorável região da Galícia, que está preparadíssima para receber turistas, peregrinos ou não, cada vez mais exigentes.

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Hotelaria de charme na Galícia

Nas últimas duas décadas, diferentes hotéis de charme começaram a despontar margeando as rotas que atravessam a Galícia – principalmente na fase final do Caminho, já quase chegando em Santiago de Compostela. E o movimento se intensificou enormemente nos últimos dez anos, não apenas com novas propriedades do nicho abrindo suas portas como com hotéis já existentes passando por amplas reformas nos anos recentes.

Um caso icônico é o do Parador de Santiago de Compostela (Hostal de los Reyes Catolicos, diárias desde 240 euros). Considerado o mais bonito dos Paradores de toda a Espanha, e considerado por muitos o hotel mais antigo do mundo, o Parador de Santiago passou por uma revitalização milionária pré pandemia. E estava mesmo precisando, dadas as constantes reclamações de hóspedes.

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Hoje, seus quartos estão mais em harmonia com os belíssimos claustros e corredores do edifício histórico. Não se trata de hotelaria de luxo, mas os quartos ficaram agora mais confortáveis (em colchões, roupas de cama etc) e os banheiros, novinhos, ficaram mesmo excelentes. O serviço não é irretocável mas é extremamente solícito, com muitos funcionários que levam décadas por ali. E a localização perfeita, de cara para a majestosa Catedral de Santiago de Compostela, em plena Praça do Obradoiro, é mesmo imbatível.

Os espaços públicos são deliciosos, o bar ganhou nova bossa e as mesinhas externas, abertas para a praça, são mesmo uma delícia nos meses mais quentes. Falta só organizar um pouquinho melhor o café da manhã: o serviço está acontecendo com hora marcada desde o começo da pandemia, justamente para controlar o fluxo de pessoas no salão. Mas, ainda assim, o buffet segue com filas quase ininterruptas, mesas bastante próximas umas das outras e demasiado ruído para degustar propriamente a refeição.

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Al Otro lado del rio

Outra opção deliciosa da hotelaria de charme na Galícia fica nos arredores da cidade de Pontevedra, quando o Caminho de Santiago já está quase tocando seu destino final: é o charmoso e romântico Torre do Rio. Com diárias desde 240 euros, a bucólica propriedade tem nada menos que 10.000 m2 de área tomada por muito, muito verde. A vegetação exuberante, cortada pelo rio Umia, é a moldura perfeita para uma antiga fábrica de tecidos do século XVIII transformada há alguns anos em um hotel de charme de apenas 14 quartos.

Cada quarto tem estrutura, tamanho, vista e decoração completamente diferentes; mas são todos bastante confortáveis, com apelo romântico na decoração. As áreas comuns são lindas, de pequenos salões internos a terraços, varandas, alpendres e jardins charmosamente mobiliados. Não espere por alguém para carregar sua mala escadaria acima até os quartos no primeiro ou no segundo andar – não existe esse tipo de serviço. O serviço no café da manhã também é limitado, um pequeno buffet e dois tipos de ovos como prato quente. O wifi raras vezes funciona e tampouco há alguém na recepção 24h para nos atender.

Mas a beleza estética e natural da propriedade, com tanto espaço e ar muito puro, e o romantismo que paira no ar, compensa. Destaque absoluto para a incrível piscina natural entre pedras, à beira do rio, que se aproveita lindamente de uma pequena cascata.

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PEQUENA JÓIA FAMILIAR

Mas meu coração acabou batendo mais forte pelo adorável A Quinta da Auga, por exemplo, é uma propriedade familiar nos arredores da cidade de Santiago de Compostela. O antigo moinho de papel do séc. XVIII foi cuidadosamente restaurado pela família proprietária para criar aquele é provavelmente o hotel mais romântico de todo o Caminho de Santiago.

Repleto de detalhes antigos e modernos que se misturam o tempo todo, a quinta tem ótimo staff, ambientes muito charmosos, um belíssimo spa e um delicioso restaurante de influências bem galegas – o impecável Filigrana, aberto também a não hóspedes (mandatório reservar para o jantar).

Tocada por mãe e filha, é difícil não se deixar seduzir por cada detalhe da propriedade. Inclusive seus espaçosos e românticos quartos, todos diferentes entre si (diárias desde 160 euros), com muita luz natural e, de longe, os melhores lençóis, colchão e roupa de banho de toda a viagem.

As áreas comuns, internas e externas, com salões, varandas e impecáveis jardins, têm capricho e aconchego na medida certa – daquele tipo que faz a gente querer pedir um café ou drink e ficar horas ali, seja namorando, confraternizando, lendo um bom livro ou simplesmente contemplando a beleza natural do local. Com tanto esmero, autenticidade e personalização de serviços, não é de se estranhar que a propriedade leve o selo Relais&Chateaux.

CONFIRA mais detalhes sobre o A Quinta da Auga aqui.

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Para ficar de olho também

A hotelaria de charme na Galícia leva novo perfil de turista ao Caminho de Santiago mesmo – mas a região não está sozinha. Na Espanha, as opções charmosas e/ou estreladas na hospitalidade estão hoje literalmente espalhadas ao longo do Caminho de Santiago – e não é nada difícil encontrar um lugarzinho especial para chamar de seu por alguns dias, seja na Galícia ou em outras regiões espanholas.

Há espaço de sobra para hotéis contemporâneos de grandes redes; mas é preciso reconhecer o trabalho incrível que muitas propriedades estão fazendo, instaladas também em fábricas, “pazos”, estâncias, conventos, mosteiros e abadias restaurados.

Além das três belas opções citadas nesta coluna, vale ficar de olho também no Gran Hotel La Perla (que já recebeu diversos hóspedes ilustres, como Hemingway, em sua longa história), o charmoso El Ciego (parte do impressionante complexo Marqués de Riscal, projetado por Frank Gehry) e a bela Abadia Retuerta Le Domaine, lindamente posicionada entre a paisagem arrebatadora dos vinhedos na Ribeira del Duero.

Você pode conferir detalhes dos hotéis citados aqui, assim como o beabá para uma viagem cheia de conforto – e zero perrengues – pelo Caminho de Santiago – no meu Instagram @maricampos

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Tartarugas Filha da Lua Pipa

Todo o charme do Filha da Lua, em Pipa, RN

Pipa, no Rio Grande do Norte, ficou definitivamente mais charmosa em dezembro de 2020. Em plena pandemia, um casal de estrangeiros apaixonado pelo Brasil resolveu inaugurar ali um hotel de charme, sustentável e cheio de propósito. Foi com prazer que finalmente fui conhecer todo o charme do Filha da Lua, em Pipa, RN, uma adorável propriedade instalada na bela Praia das Minas.

Com apenas 17 charmosos bangalôs espalhados por uma enorme área protegida frente ao mar, o Filha da Lua foi ainda mais longe: já abriu de cara com o primeiro restaurante 100% glúten free e lactose free do Rio Grande do Norte. E propõe sustentabilidade real, sem greenwashing ou enrolação, a meros 10 minutos de carro do centro do vilarejo. 

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Todo o charme do Filha da Lua, em Pipa, RN

Localizado em área protegida, o Filha da Lua é um ecolodge que nasceu da paixão de um casal belga pelo Brasil. Inga e Frederic D’Ansembourg compraram o terreno hoje ocupado pelo hotel pensando inicialmente em fazer ali residência privada da família. Mas o projeto cresceu e acabaram optando por criar ali uma propriedade sustentável, com restaurante focado em alimentação saudável.

Com diárias desde R$850,00 por pessoa, a propriedade associada à Serandipians/Traveller Made fica de frente para o mar, em uma região bastante sossegada e longe da badalação do balneário, e famosa também pela desova de tartarugas. Dá para ver muitos detalhes e todo o charme do Filha da Lua no feed e nos destaques “Pipa/RN” do meu instagram @maricampos.

As 17 suítes distribuídas em nove bangalôs sobre palafitas são muito espaçosas, extremamente confortáveis, românticas e rodeadas de verde.  As imensas varandas merecem destaque, mobiliadas com esmero, puro convite ao ócio. As que estão instaladas no segundo andar dos bangalôs contam ainda com banheiros ao ar livre, cama com dossel e área para refeições. 

O café da manhã, servido ao redor da piscina e de frente para o mar é um dos pontos altos do Filha da Lua. Servido à la carte, diretamente na mesa do hóspede, traz sempre produtos muito frescos e saborosos, feitos na hora. E tudo sem glúten ou lactose, incluindo pão de queijo, bolos, pães e os “queijos” da casa. Se o hóspede quiser, pode também ser servido na varanda da suíte, com todo o capricho. 

Nas demais refeições, um vasto menu que vai desde porções para compartilhar à beira da piscina a refinados pratos de cozinha local e internacional – mas sempre mantendo a proposta gluten free e lactose free. 

CONFIRA mais detalhes e valores do Filha da Lua aqui

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Sustentabilidade real na hotelaria

Todo construído de maneira sustentável, utiliza madeira de eucalipto de reflorestamento nas acomodações que foram todas erguidas sobre palafitas, para interferir o mínimo possível na delicada geografia local. 

Há uso de energia solar, estação de lixo 100% ecológica e plásticos ou produtos químicos perigosos/danosos de limpeza são sumariamente banidos. Comprando produtos de pequenos produtores locais, todo o menu do hotel é 100% glúten free e 100% lactose free – o primeiro do gênero. Utiliza somente amenidades sustentáveis e está realmente engajada com a comunidade local através de diferentes projetos, com o louvável Hello Pipa/Hello Barra, que fornece alimentação e ensina inglês gratuitamente para crianças, jovens e adultos da região. “Queremos criar uma corrente de consciência ética na hospitalidade”, diz Inga.

Vale destaque também sua Fazenda PachaMamma, que promove cultivo orgânico e regenerativo de ervas, frutas, legumes e verduras diversos através de sistemas agroflorestais e permacultura. Os alimentos produzidos ali abastecem as escolas de inglês, o hotel e também o restaurante Cicchetti Pipa, no centrinho da cidade. 

Além disso, algumas das experiências turísticas oferecidas aos hóspedes foram desenvolvidas em parceria com membros das comunidades locais, com destaque para a escola de kitesurf Kitemaster Pipa.

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Um hotel irmão a caminho

Inga e Frederic D’Ansembourg não apenas abriram ali sua primeira investida na indústria da hospitalidade com o Filha da Lua, como também fizeram de Pipa sua residência familiar em parte do ano e estão prestes a abrir o SEMPRE VIVO, seu segundo hotel na região. 

O Sempre Vivo terá o dobro da capacidade de hóspedes do Filha da Lua e terá mais foco em lifestyle, incluindo diferentes tipos de acomodação para distintos perfis de hóspedes. “O Sempre Vivo vai focar em uma audiência mais diversa, com cozinha internacional, sendo um complemento à cena hoteleira de Pipa”, explica Inga.

Visitei pessoalmente as obras e o Sempre Vivo está mesmo ficando lindo! Com design e proposta bem diferentes do Filha da Lua, mas também de cara para o mar. A inauguração do novo hotel está prevista para julho de 2022. 

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Ultima Courchevel

A vanguarda da Ultima Collection

Hospitalidade de luxo com foco em serviço, conforto máximo e arte – mas que rompesse com as noções mais comumente pregadas pelo setor internacionalmente. Assim é a vanguarda da Ultima Collection, um portfólio hoteleiro que com poucos anos de sua fundação já tem propriedades em diferentes destinos de três países distintos (Suíça, França e Grécia). 

Neste março último, tive a chance de conhecer a fundo a impressionante história deste luxuoso grupo de hospitalidade, fundado em 2015 pelos jovens amigos Max-Hervé George e Byron Baciocchi, ambos no começo de seus 30 anos. Dá para acompanhar os detalhes desta viagem toda no meu Instagram @maricampos.

Viajantes de carteirinha com boa experiência no mercado imobiliário, a Ultima Collection foi a primeira investida da dupla de empresários no setor hoteleiro, com a primeira propriedade do grupo, o Ultima Gstaad, na Suíça, abrindo suas portas no final de 2016. Hoje, o grupo é precursor de uma nova geração de propriedades privadas de luxo que tem entre seus clientes de millennials a famílias em viagens multi-geração.

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A vanguarda da Ultima Collection

Propondo ser sempre disruptiva com o mercado, o portfólio da Ultima Collection já conta hoje com propriedades em Genebra, Megève, Gstaad, Crans-Montana, Corfú e Courchevel, inaugurado em dezembro.

“Começamos com um hotel em Gstaad, o Ultima Gstaad, um projeto de paixão que encontrou uma oportunidade incrível em uma propriedade já com alvará de hotel colocada à venda”, contam os proprietários. O Ultima Gstaad deu tão certo que funciona até hoje como uma espécie de “escola” para todas as propriedades do grupo, inclusive no serviço. 

Hoje, a maioria de seus hóspedes chega de jato privado aos destinos visitados, com uma estadia média de impressionantes 33 dias ao ano em propriedades do portfólio da Ultima Collection (a estadia mínima é de 2 noites no hotel em Gstaad e de 7 noites nas residences). Recentemente, firmaram dois contratos de estadia de um ano cada em residências do grupo.

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Paixão pela arte

A vanguarda da Ultima Collection é indissociável de sua evidente conexão coma a arte. Desde o começo, a dupla de proprietários e demais administradores do grupo definiram uma direção artística a seguir, independentemente das obras de arte que seriam (e serão) escolhidas ao longo da história de cada propriedade. 

Afinal, com clientes de origens e culturas tão distintas, eles optam sempre por peças bastante diversas para que todas encontrem seu apelo – mas sempre criando uma sensação de casa e aconchego. A maioria das peças, fotografias e obras exibidas nas propriedades são fruto de uma parceria muito bem sucedida com a Bel-Air

As mudanças constantes, aliás, não se restringem ao décor. Como possui muitos returning guests em algumas propriedades, e hóspedes que se hospedam com frequência em diferentes propriedades do grupo, a Ultima Collection tenta a cada temporada criar não apenas novos aspectos de design e décor mas também desenvolver novos produtos, serviços e experiências, inclusive culinárias, em cada destino. 

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No Ultima Gstaad, uma louvável coleção de livros também se exibe por toda parte. Moda, história, arquitetura, design, arte, viagem, vinhos, carros… está tudo lá, nos mais diversos títulos, dos espaços comuns às suítes e residências. “Queremos sempre que nossos hóspedes tenham tempo para eles, incluindo a oportunidade de sentar e folhear um bom livro com uma xícara de café ou um belo livro. Esse é sempre um break necessário para nosso cérebro, que é constantemente super estimulado nas viagens”, dizem os proprietários. 

O design de cada propriedade é sempre inspirados pelo destino no qual está inserida. É o ambiente externo que orienta a escolha por materiais a serem utilizados. E é visível a preocupação com o uso de materiais duráveis​ como parte da abordagem ecologicamente correta do grupo – não utilizam plásticos e adquirem materiais naturais de fornecedores locais. “Mas mantemos nossas propriedades equipadas com os mais recentes gadgets para facilitar a vida de nossos hóspedes. Desde que seja fácil de usar e prático para os hóspedes, vamos adotá-lo no design sim”, garantem. 

Para garantir a sensação de “casa” e aconchego, nenhuma propriedade do grupo tem um grande lobby – pelo contrário. São sempre pequenos e discretos, adornados com flores frescas, madeira natural e objetos de décor que invoquem a sensação de privacidade e reclusão – e com a paisagem externa sempre à vista em grandes janelas. 

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Ultima Gstaad, o começo de tudo

O Ultima Gstaad, localizado na cidade alpina suíça a cerca de duas horas de carro do aeroporto de Genebra, teve suas onze suítes e seis residências (com até quatro suítes cada) renovadas para esta temporada. 

As residências, em formato apartamento, têm completo serviço de hotelaria completo agregado – incluindo o premiado café da manhã à la carte da casa servido diariamente sem custos extras no restaurante ou na sua própria sala de jantar.  a propriedade funciona ininterruptamente quase todo o ano.

Com ótimo staff na casa (incluindo muitos portugueses), os hóspedes contam ainda com carro à disposição para circular pela cidade; água, chás e café espresso cortesia em todas as acomodações; frigobar incluído nas residências e deliciosos kits de boas-vindas. O excelente restaurante está aberto também para não hóspedes, há sala de jogos privada, Shisha Bar, bar, living e uma bela extensão envidraçada do restaurante. 

Seu imenso (e imperdível!) spa oferece tratamentos estéticos e de relaxamento, clínica anti-idade, piscina térmica, jacuzzis interna e externa, saunas seca e a vapor e crioterapia. Passei dias lindos ali e os detalhes da minha estadia você pode conferir também no meu instagram @maricampos. 

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A badalada novidade em Courchevel

A vanguarda da Ultima Collection ganhou nova evidência em dezembro passado, com a inauguração de sua mais nova propriedade em Courchevel, Alpes Franceses. Fiz parte do seleto grupo de jornalistas a conhecerem em primeira mão o novo Ultima Courchevel Belvedere

Localizado em uma nova altitude na badalada estação de esqui, bem entre Courchevel 1650 e Courchevel 1850, são apenas 13 chalés privativos (com até cinco suítes cada) com acesso ski in/ski out, cozinha equipada, varandas com vista para os Alpes, living, sala de jantar, área de serviço e até elevador.

Cada chalé conta com um mordomo dedicado (os “ultimakers”) e tem direito a traslados para diferentes altitudes de Courchevel, chef privativo à disposição no jantar e café da manhã à la carte completo, servido na sua própria residência. 

A propriedade tem também restaurante de culinária internacional, loja de equipamentos de esqui e spa com produtos Swiss Perfection, piscina aquecida com vista para os Alpes, sauna, academia, salão de beleza e hamman. Também dá para conferir os detalhes desta minha estadia no Ultima Courchevel nos destaques do meu Instagram @maricampos.

A próxima inauguração da Ultima Collection deve acontecer ainda nesta primavera europeia, em Cannes, França. Estamos de olho. 

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SH Minerva Swan Hellenic

SH Minerva: a hospitalidade da Swan Hellenic Cruises

A indústria da hospitalidade está presente nas mais distintas formas de hospedagem e sempre gostamos de abordar aqui inclusive modelos não convencionais do mercado. Mas já estava mesmo mais que na hora de trazermos para cá discussões e exemplos da boa hospitalidade no nicho dos cruzeiros marítimos. Então é da minha viagem do mês passado que vem a coluna de hoje, inaugurando esse nicho por aqui e trazendo detalhes sobre o navio SH Minerva: a hospitalidade da Swan Hellenic Cruises.

Neste fevereiro, voltei à Antártica, desta vez a bordo do navio SH Minerva. A viagem todinha pode ser conferida em detalhes no meu Instagram @maricampos. Inaugurado no último réveillon, o Minerva marca o retorno (ou seria renascimento?) da armadora Swan Hellenic Cruises, que acaba de voltar ao mercado após um longo gap e mudança de proprietários e investidores. E volta com tudo: ainda neste semestre inaugurará seu segundo navio, o SH Vega.

O SH Minerva, planejado para explorar os polos e o mais novo navio a operar na Antártica, tem apenas 76 cabines (60 delas com espaçosas varandas) e capacidade máxima de 152 passageiros. Operando em sistema tudo incluído, este navio de alto padrão traz ao mercado inclusões importantes para este nicho nos serviços, como bar aberto, room service 24h e até voos domésticos na Argentina para os roteiros antárticos.

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Hospitalidade EM ALTO MAR para poucos hóspedes

Explorar a Antártica é sonho de muitos viajantes. Afinal, não é todo dia que saímos de casa com destino ao continente mais intocado do planeta. Felizmente, o turismo por ali ainda é bem regulamentado pela IAATO, permitindo apenas tráfego de navios de pequeno porte e desembarque de no máximo 100 pessoas por local. 

Além da garantia de desembarques mais descomplicados e maior tempo nas explorações no continente, esse tipo de embarcação menor também consegue atravessar estreitos (e belíssimos) canais antárticos, como o Lemaire Channel, famoso pelos “espelhos” que cria na água e por algumas das mais belas paisagens da Antártica

Mais que isso: navios menores trazem também melhores condições de fornecer um serviço consistente e mais individualizado ao longo da viagem, com uma proporção de staff por hóspede que pode chegar a quase 1×1. E, em tempos pandêmicos, a escolha de embarcações mais compactas, sem chances de aglomeração em ambientes internos e externos e que testem regularmente seus passageiros, oferece também maior segurança sanitária. 

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SH Minerva: a hospitalidade da Swan Hellenic Cruises

O novo SH Minerva, da armadora Swan Hellenic Cruises, fez seu cruzeiro inaugural com saída de Ushuaia no dia 28/12/2021 e é o navio mais novo a operar no continente antártico. Todas as suas saídas nesta temporada 2021/2022, encerrada no último dia 4 de março, exploraram territórios da Antártica com saída e retorno para o sul da Argentina.

A capacidade máxima de 152 passageiros a bordo não foi alcançada em nenhuma das saídas do navio nesta temporada. No meu itinerário de duas semanas, por exemplo, com saída no começo de fevereiro último, éramos apenas 99 passageiros a bordo, o que foi excelente para garantir que todos os passageiros pudessem desembarcar do navio ao mesmo tempo em todas as paradas.

O SH Minerva não é um navio de luxo. É elegante, mas não pode ser comparado, nem em serviços nem em instalações, com armadoras do nicho de luxo, como Silversea, Seadream, Regent ou, menos ainda, Seabourn. Mas, como um belo e novo navio de alto padrão, traz novidades e inclusões importantes para este segmento. Para começar, todo passageiro recebe mochila, jaqueta e parka polar, e o navio também empresta ótimas botas galocha para os desembarques na Antártica, facilitando bastante a elaboração da mala para a exploração antártica.

Das 72 cabines, 60 contam com varandas e 16 são suítes com quarto e sala separados. As varandas fazem mesmo toda a diferença na viagem: poder testemunhar não apenas a espetacular paisagem antártica como também eventuais “shows” da natureza (como um sensacional balé de orcas que nos acompanhou durante uma tarde) de nossa própria varanda, é mesmo inesquecível. E as varandas também compõem um dos melhores locais possíveis para tomar o café da manhã pré-expedição.

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Todas as cabines possuem excelente roupa de cama e banho, ótimos roupões e charmosas lareiras elétricas. As cabines são bastante espaçosas, com quarto, saleta, área de trabalho, bons banheiros e muitos, muitos armários e gavetas (as suítes contam também com closet e banheira dentro do box).

A decoração segue a linha mais minimalista usada no navio todo e há várias entradas para carregamento de eletrônicos. Há TV (embora muitos canais não estivessem funcionando na minha), internet, minibar incluído (com não alcoolicos e cerveja) e providenciais binóculos para empréstimo. No SH Minerva, a hospitalidade da Swan Hellenic Cruises prevê serviço de arrumação diário e um serviço de turndown bastante resumido, que inclui unicamente abertura da cama e fechamento de cortinas.

O serviço é bastante simpático em todas as esferas, com destaque para as equipes de recepção e do bar, extremamente eficientes. A ótima equipe de expedição também garantiu passeios seguros (em terra ou em zodiacs) e boas palestras a bordo.  Foram muito bons também em tentar descontrair e minimizar o desconforto das duas travessias do Drake.

Da cozinha às atividades de entretenimento, o serviço por enquanto é bastante orientado para turistas russos, que – embora fôssemos uma interessante mistura de 17 nacionalidades a bordo da minha viagem – compõem a maioria dos hóspedes da Swan Hellenic Cruises. Até mesmo os anúncios feitos no sistema de som são sempre efetuados em inglês e em russo. 

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O que está incluído no SH Minerva

Elegante navio de alto padrão (ou upscale), o SH Minerva conta com instalações novinhas e inclusões importantes que tornam a relação custoXbenefício de suas cabines bastante interessante. Refeições, internet, bar aberto, minibar e room service 24h estão incluídos em todas as saídas.

Como café da manhã e almoço são servidos unicamente em sistema buffet (apenas o jantar funciona à la carte), o room service é saída excelente para fazer suas refeições de forma mais caprichada, no conforto da própria cabine ou varanda, sem perder nadinha das vistas antárticas deslumbrantes ao longo da viagem. Mas vale saber: o serviço de quarto é entregue em uma bandeja de plástico, sem toalha ou jogo americano para ser utilizado nas mesas da cabine. 

Passageiros dos cruzeiros à Antártica contam ainda com noite de hotel em Buenos Aires pré-cruzeiro, voos Buenos Aires-Ushuaia-Buenos Aires, todos os transfers e todos os passeios incluídos no valor final do cruzeiro. As únicas atividades cobradas separadamente são saídas guiadas em caiaque e massagens no spa. 

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O dia-a-dia a bordo no SH Minerva

O dia-a-dia a bordo no SH Minerva variava em dias de navegação e dias de desembarque no continente antártico. Nos dias de navegação, havia programação de atividades educativas no Observation Lounge e eventualmente alguma atividade rápida de entretenimento. Nos dias na Antártica, desembarques programados para manhã e tarde, feitos através de um excelente e organizado “base camp” no deck 3, com cada cabine tendo seu próprio armário para guardar botas e demais pertences.

Tivemos alguns desembarques cancelados em função do mau tempo e alguns dos desembarques inicialmente previstos foram suspensos, mediante mudança de rota definida pelo comandante e anunciada aos passageiros somente após a partida de Ushuaia. Acabamos ganhando um dia a mais inteiro de navegação e perdemos um dia de desembarques na Antártica (incluindo alguns desembarques icônicos em viagens ao continente, como Port Lockroy, que conta com uma super peculiar agência dos correios).

Os horários de refeições (quatro diárias: café, almoço, chá da tarde e jantar) eram sempre os mesmos. Apesar de anunciar um restaurante de tapas, o SH Minerva operou nesta temporada com um único restaurante funcionando, o restaurante Swan, no deck 4. O Club Lounge foi usado nesta temporada unicamente para servir o buffet diário de chá da tarde e servir de buffet de reforço para os raros e informais (fish&chips, churrasco americano etc) almoços promovidos ao ar livre no deck 7. 

O Observation Lounge é o coração social do navio. É ali que fica o único bar (há um bar de apoio na área externa do deck 7, que não foi usado durante a minha viagem) e também ali que acontecem todas as palestras, exibições de documentários e demais interações sociais do cruzeiro (incluindo boas-vindas e despedida do comandante). No meu cruzeiro, tivemos ainda pequenos espetáculos de tango de uma companhia de dança porteña em 3 das noites a bordo. 

O SH Minerva também possui uma pequena academia, sauna, jacuzzi e pequena piscina externa. Mas, infelizmente, sauna, jacuzzi e piscina estiveram todas desativadas durante toda a minha viagem, por alegados problemas de manutenção. 

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Protocolos sanitários

No quesito protocolos sanitários pandêmicos, a Swan Hellenic Cruises foi na contramão das demais armadoras de cruzeiros e eliminou completamente a obrigatoriedade do uso de máscaras para hóspedes a bordo no SH Minerva. Hóspedes não precisavam mais utilizar a máscara nem dentro nem fora do navio. A obrigatoriedade era válida apenas para o staff – exceto para a equipe de expedição nos desembarques antárticos.

Eu e alguns outros passageiros seguimos usando nossas máscaras normalmente durante a viagem, removendo as mesmas apenas para comer e beber, como recomenda a OMS. Viajei também com um seguro com coberturas específicas para Covid-19, inclusive despesas de uma eventual quarentena, como conto aqui. Mas felizmente voltei para casa sã e salva 🙂

A companhia exige comprovante de vacinação completa e teste PCR feito até 72h antes do embarque no navio. Ao longo das quase duas semanas no continente antártico, fomos testados duas vezes, justamente durante as duas travessias do Drake. Na primeira testagem, tivemos alguns passageiros e tripulantes positivados, que foram rapidamente isolados em suas cabines.

No quesito protocolos sanitários gerais, confesso que me causou bastante estranhamento o SH Minerva contar com display de álcool gel unicamente na entrada do restaurante Swan e do Club Lounge – algo geralmente presente com fartura em navios, mesmo em tempos pré-pandemia. Nem mesmo no bar havia álcool em gel disponível, nem houve qualquer distribuição do mesmo para passageiros. Restaurante Swan e Club Lounge eram também os dois únicos locais públicos do navio com pias para quem quisesse lavar as mãos.

No meu cruzeiro, estava a bordo entre os passageiros uma consultora especializada do setor, que visava justamente adequar o navio às normas vigentes da FDA americana, justamente para prepará-lo para sua temporada no Ártico, no próximo verão do hemisfério norte.

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Navios prontos para a próxima temporada

O SH Minerva segue agora para o hemisfério norte e fará alguns roteiros curtos antes de começar oficialmente a temporada do Ártico. Enquanto isso, a Swan Hellenic Cruises já anunciou as datas de seus cruzeiros de expedição para a Antártica, que na temporada 2022/2023 contará não apenas como o SH Minerva mas também com seu novo navio, SH Vega, que será inaugurado em algumas semanas. Datas e valores podem ser conferidos em detalhes no site da companhia.

Vale lembrar que os valores de cruzeiros à Antártica podem sofrer alterações significativas, sobretudo em saídas de fim de temporada, como o que fiz – que podem ter descontos de até 60% na maioria das armadoras que operam no continente.

Após essa linda viagem no SH Minerva, e passada a emoção de retornar a esse espetacular continente dez anos depois da minha primeira visita, fica a dúvida: seria ainda muito cedo para já sonhar com o próximo retorno? 🙂

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