SH Minerva Swan Hellenic

SH Minerva: a hospitalidade da Swan Hellenic Cruises

A indústria da hospitalidade está presente nas mais distintas formas de hospedagem e sempre gostamos de abordar aqui inclusive modelos não convencionais do mercado. Mas já estava mesmo mais que na hora de trazermos para cá discussões e exemplos da boa hospitalidade no nicho dos cruzeiros marítimos. Então é da minha viagem do mês passado que vem a coluna de hoje, inaugurando esse nicho por aqui e trazendo detalhes sobre o navio SH Minerva: a hospitalidade da Swan Hellenic Cruises.

Neste fevereiro, voltei à Antártica, desta vez a bordo do navio SH Minerva. A viagem todinha pode ser conferida em detalhes no meu Instagram @maricampos. Inaugurado no último réveillon, o Minerva marca o retorno (ou seria renascimento?) da armadora Swan Hellenic Cruises, que acaba de voltar ao mercado após um longo gap e mudança de proprietários e investidores. E volta com tudo: ainda neste semestre inaugurará seu segundo navio, o SH Vega.

O SH Minerva, planejado para explorar os polos e o mais novo navio a operar na Antártica, tem apenas 76 cabines (60 delas com espaçosas varandas) e capacidade máxima de 152 passageiros. Operando em sistema tudo incluído, este navio de alto padrão traz ao mercado inclusões importantes para este nicho nos serviços, como bar aberto, room service 24h e até voos domésticos na Argentina para os roteiros antárticos.

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Hospitalidade EM ALTO MAR para poucos hóspedes

Explorar a Antártica é sonho de muitos viajantes. Afinal, não é todo dia que saímos de casa com destino ao continente mais intocado do planeta. Felizmente, o turismo por ali ainda é bem regulamentado pela IAATO, permitindo apenas tráfego de navios de pequeno porte e desembarque de no máximo 100 pessoas por local. 

Além da garantia de desembarques mais descomplicados e maior tempo nas explorações no continente, esse tipo de embarcação menor também consegue atravessar estreitos (e belíssimos) canais antárticos, como o Lemaire Channel, famoso pelos “espelhos” que cria na água e por algumas das mais belas paisagens da Antártica

Mais que isso: navios menores trazem também melhores condições de fornecer um serviço consistente e mais individualizado ao longo da viagem, com uma proporção de staff por hóspede que pode chegar a quase 1×1. E, em tempos pandêmicos, a escolha de embarcações mais compactas, sem chances de aglomeração em ambientes internos e externos e que testem regularmente seus passageiros, oferece também maior segurança sanitária. 

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SH Minerva: a hospitalidade da Swan Hellenic Cruises

O novo SH Minerva, da armadora Swan Hellenic Cruises, fez seu cruzeiro inaugural com saída de Ushuaia no dia 28/12/2021 e é o navio mais novo a operar no continente antártico. Todas as suas saídas nesta temporada 2021/2022, encerrada no último dia 4 de março, exploraram territórios da Antártica com saída e retorno para o sul da Argentina.

A capacidade máxima de 152 passageiros a bordo não foi alcançada em nenhuma das saídas do navio nesta temporada. No meu itinerário de duas semanas, por exemplo, com saída no começo de fevereiro último, éramos apenas 99 passageiros a bordo, o que foi excelente para garantir que todos os passageiros pudessem desembarcar do navio ao mesmo tempo em todas as paradas.

O SH Minerva não é um navio de luxo. É elegante, mas não pode ser comparado, nem em serviços nem em instalações, com armadoras do nicho de luxo, como Silversea, Seadream, Regent ou, menos ainda, Seabourn. Mas, como um belo e novo navio de alto padrão, traz novidades e inclusões importantes para este segmento. Para começar, todo passageiro recebe mochila, jaqueta e parka polar, e o navio também empresta ótimas botas galocha para os desembarques na Antártica, facilitando bastante a elaboração da mala para a exploração antártica.

Das 72 cabines, 60 contam com varandas e 16 são suítes com quarto e sala separados. As varandas fazem mesmo toda a diferença na viagem: poder testemunhar não apenas a espetacular paisagem antártica como também eventuais “shows” da natureza (como um sensacional balé de orcas que nos acompanhou durante uma tarde) de nossa própria varanda, é mesmo inesquecível. E as varandas também compõem um dos melhores locais possíveis para tomar o café da manhã pré-expedição.

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Todas as cabines possuem excelente roupa de cama e banho, ótimos roupões e charmosas lareiras elétricas. As cabines são bastante espaçosas, com quarto, saleta, área de trabalho, bons banheiros e muitos, muitos armários e gavetas (as suítes contam também com closet e banheira dentro do box).

A decoração segue a linha mais minimalista usada no navio todo e há várias entradas para carregamento de eletrônicos. Há TV (embora muitos canais não estivessem funcionando na minha), internet, minibar incluído (com não alcoolicos e cerveja) e providenciais binóculos para empréstimo. No SH Minerva, a hospitalidade da Swan Hellenic Cruises prevê serviço de arrumação diário e um serviço de turndown bastante resumido, que inclui unicamente abertura da cama e fechamento de cortinas.

O serviço é bastante simpático em todas as esferas, com destaque para as equipes de recepção e do bar, extremamente eficientes. A ótima equipe de expedição também garantiu passeios seguros (em terra ou em zodiacs) e boas palestras a bordo.  Foram muito bons também em tentar descontrair e minimizar o desconforto das duas travessias do Drake.

Da cozinha às atividades de entretenimento, o serviço por enquanto é bastante orientado para turistas russos, que – embora fôssemos uma interessante mistura de 17 nacionalidades a bordo da minha viagem – compõem a maioria dos hóspedes da Swan Hellenic Cruises. Até mesmo os anúncios feitos no sistema de som são sempre efetuados em inglês e em russo. 

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O que está incluído no SH Minerva

Elegante navio de alto padrão (ou upscale), o SH Minerva conta com instalações novinhas e inclusões importantes que tornam a relação custoXbenefício de suas cabines bastante interessante. Refeições, internet, bar aberto, minibar e room service 24h estão incluídos em todas as saídas.

Como café da manhã e almoço são servidos unicamente em sistema buffet (apenas o jantar funciona à la carte), o room service é saída excelente para fazer suas refeições de forma mais caprichada, no conforto da própria cabine ou varanda, sem perder nadinha das vistas antárticas deslumbrantes ao longo da viagem. Mas vale saber: o serviço de quarto é entregue em uma bandeja de plástico, sem toalha ou jogo americano para ser utilizado nas mesas da cabine. 

Passageiros dos cruzeiros à Antártica contam ainda com noite de hotel em Buenos Aires pré-cruzeiro, voos Buenos Aires-Ushuaia-Buenos Aires, todos os transfers e todos os passeios incluídos no valor final do cruzeiro. As únicas atividades cobradas separadamente são saídas guiadas em caiaque e massagens no spa. 

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O dia-a-dia a bordo no SH Minerva

O dia-a-dia a bordo no SH Minerva variava em dias de navegação e dias de desembarque no continente antártico. Nos dias de navegação, havia programação de atividades educativas no Observation Lounge e eventualmente alguma atividade rápida de entretenimento. Nos dias na Antártica, desembarques programados para manhã e tarde, feitos através de um excelente e organizado “base camp” no deck 3, com cada cabine tendo seu próprio armário para guardar botas e demais pertences.

Tivemos alguns desembarques cancelados em função do mau tempo e alguns dos desembarques inicialmente previstos foram suspensos, mediante mudança de rota definida pelo comandante e anunciada aos passageiros somente após a partida de Ushuaia. Acabamos ganhando um dia a mais inteiro de navegação e perdemos um dia de desembarques na Antártica (incluindo alguns desembarques icônicos em viagens ao continente, como Port Lockroy, que conta com uma super peculiar agência dos correios).

Os horários de refeições (quatro diárias: café, almoço, chá da tarde e jantar) eram sempre os mesmos. Apesar de anunciar um restaurante de tapas, o SH Minerva operou nesta temporada com um único restaurante funcionando, o restaurante Swan, no deck 4. O Club Lounge foi usado nesta temporada unicamente para servir o buffet diário de chá da tarde e servir de buffet de reforço para os raros e informais (fish&chips, churrasco americano etc) almoços promovidos ao ar livre no deck 7. 

O Observation Lounge é o coração social do navio. É ali que fica o único bar (há um bar de apoio na área externa do deck 7, que não foi usado durante a minha viagem) e também ali que acontecem todas as palestras, exibições de documentários e demais interações sociais do cruzeiro (incluindo boas-vindas e despedida do comandante). No meu cruzeiro, tivemos ainda pequenos espetáculos de tango de uma companhia de dança porteña em 3 das noites a bordo. 

O SH Minerva também possui uma pequena academia, sauna, jacuzzi e pequena piscina externa. Mas, infelizmente, sauna, jacuzzi e piscina estiveram todas desativadas durante toda a minha viagem, por alegados problemas de manutenção. 

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Protocolos sanitários

No quesito protocolos sanitários pandêmicos, a Swan Hellenic Cruises foi na contramão das demais armadoras de cruzeiros e eliminou completamente a obrigatoriedade do uso de máscaras para hóspedes a bordo no SH Minerva. Hóspedes não precisavam mais utilizar a máscara nem dentro nem fora do navio. A obrigatoriedade era válida apenas para o staff – exceto para a equipe de expedição nos desembarques antárticos.

Eu e alguns outros passageiros seguimos usando nossas máscaras normalmente durante a viagem, removendo as mesmas apenas para comer e beber, como recomenda a OMS. Viajei também com um seguro com coberturas específicas para Covid-19, inclusive despesas de uma eventual quarentena, como conto aqui. Mas felizmente voltei para casa sã e salva 🙂

A companhia exige comprovante de vacinação completa e teste PCR feito até 72h antes do embarque no navio. Ao longo das quase duas semanas no continente antártico, fomos testados duas vezes, justamente durante as duas travessias do Drake. Na primeira testagem, tivemos alguns passageiros e tripulantes positivados, que foram rapidamente isolados em suas cabines.

No quesito protocolos sanitários gerais, confesso que me causou bastante estranhamento o SH Minerva contar com display de álcool gel unicamente na entrada do restaurante Swan e do Club Lounge – algo geralmente presente com fartura em navios, mesmo em tempos pré-pandemia. Nem mesmo no bar havia álcool em gel disponível, nem houve qualquer distribuição do mesmo para passageiros. Restaurante Swan e Club Lounge eram também os dois únicos locais públicos do navio com pias para quem quisesse lavar as mãos.

No meu cruzeiro, estava a bordo entre os passageiros uma consultora especializada do setor, que visava justamente adequar o navio às normas vigentes da FDA americana, justamente para prepará-lo para sua temporada no Ártico, no próximo verão do hemisfério norte.

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Navios prontos para a próxima temporada

O SH Minerva segue agora para o hemisfério norte e fará alguns roteiros curtos antes de começar oficialmente a temporada do Ártico. Enquanto isso, a Swan Hellenic Cruises já anunciou as datas de seus cruzeiros de expedição para a Antártica, que na temporada 2022/2023 contará não apenas como o SH Minerva mas também com seu novo navio, SH Vega, que será inaugurado em algumas semanas. Datas e valores podem ser conferidos em detalhes no site da companhia.

Vale lembrar que os valores de cruzeiros à Antártica podem sofrer alterações significativas, sobretudo em saídas de fim de temporada, como o que fiz – que podem ter descontos de até 60% na maioria das armadoras que operam no continente.

Após essa linda viagem no SH Minerva, e passada a emoção de retornar a esse espetacular continente dez anos depois da minha primeira visita, fica a dúvida: seria ainda muito cedo para já sonhar com o próximo retorno? 🙂

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Hot Beach Olìmpia

Olímpia: o ‘case’ de sucesso da hotelaria no interior de SP

Há anos tenho curiosidade profissional de conhecer Olímpia. A partir da descoberta de águas termais, na década de 1980, a pacata cidade no interior de São Paulo foi se transformando em um importante destino nacional para o turismo de lazer. Com cerca de 55 mil habitantes, muitos deles empregados em um dos maiores parques hoteleiros do estado, com cerca de 30 mil leitos, Olímpia fica a 440 km da capital, perto das divisas com Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Em 2019, a cidade chegou a atrair quase três milhões de visitantes. As águas quentes naturais, com temperatura média de 30° C, são do aquífero Guarani, o maior do mundo.

No final de 2021, passei alguns dias em Olímpia a convite do Hot Beach Parque e Resorts. Com capacidade para mais de cinco mil pessoas e em fase de expansão, o Hot Beach Olímpia é um dos dois parques de águas termais na cidade (o outro é o Thermas dos Laranjais). São mais de uma dezena de atrações voltadas principalmente para famílias, sem grandes doses de adrenalina e distribuídas em uma ampla área com um bonito paisagismo. O parque faz parte do grupo Ferrasa, que administra quatro hotéis na região. Com 484 apartamentos, o Hot Beach Resort tem acesso direto ao Hot Beach Olímpia. É um “hotel pé na areia”: a piscina de ondas com uma prainha de areias brancas fica a poucos metros do lobby. O hóspede do resort pode entrar e sair do parque aquático quantas vezes quiser ao longo do dia, assim como quem estiver hospedado em um dos outros empreendimentos do grupo.

O encantador Thermas Park Resort & Spa, com apenas 48 suítes espalhadas pelo terreno, foi o primeiro hotel do grupo na região. É uma gostosa opção para quem quer aproveitar as águas termais sem fazer turismo de massa. As acomodações são coloridas, há um spa repleto de charme, um pequeno playground aquático para crianças pequenas, e piscinas quentinhas em um bonito jardim. O grupo Ferrasa tem ainda o Celebration, hotel com 264 apartamentos e pet friendly, e o Hot Beach Suites, com 442 apartamentos em sistema de multipropriedade. Inaugurado no final de 2021, vizinho ao parque e ao Hot Beach Resort, o Suites tem apartamentos para até seis ou oito pessoas com sala, quarto e varanda, e acesso livre ao parque. Além de geladeira e fogão, todas as acomodações têm churrasqueira na varanda.

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Multipropriedades: um apartamento, dezenas de donos

Olímpia foi precursora do sistema de multipropriedade, modelo de negócio imobiliário em que um apartamento ou casa possui dezenas de proprietários e cada um tem o direito de usar o imóvel por uma semana ao ano (ou mais, dependendo da quantidade de cotas adquiridas). O dono também pode por deixar a sua fração da propriedade à disposição da rede hoteleira que se encarrega de alugar o apartamento para outros hóspedes, como se fosse um quarto de hotel.

A rede Wyndham administra o Olímpia Royal Hotel, com uma torre hoteleira e outra de multipropriedades. O resort é anexo ao Thermas dos Laranjais, o primeiro parque da cidade, que também está sendo ampliado. O Thermas surgiu no final da década de 1980 como um clube para os moradores da cidade, e se tornou um dos maiores e mais visitados parques aquáticos da América Latina, com dezenas de atrações radicais, entre elas uma famosa montanha-russa. Na hora de planejar a visita, vale evitar fins de semana e feriados, quando o local é muito procurado por moradores de cidades vizinhas, chegando a receber cerca de 20 mil pessoas por dia. No domingo de sol em que estive lá o parque estava lotado e as filas para as atrações mais concorridas, como a montanha-russa aquática, levavam duas horas ou mais.

Quem está em uma das 960 acomodações distribuídas pelas duas torres do Olímpia Royal Hotel tem o conforto de poder entrar e sair do Thermas dos Laranjais várias vezes ao dia, o que permite driblar horários mais concorridos. O hotel tem também sua própria espaçosa área de piscinas, com playground aquático, bares e restaurantes. Até recentemente, o Wyndham de Olímpia era o “maior resort do país” em número de quartos. O título foi perdido, mas continua na cidade. Agora pertence ao grupo Enjoy, com o Solar das Águas Park, com mil suítes, inaugurado no final do ano, e o Olímpia Park, com 912 quartos, ambos multipropriedades.

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Como é se hospedar no Hot Beach Resort, em Olímpia

Apenas alguns passos separam o lobby do acesso ao Hot Beach Olímpia. É tão perto que de manhã cedo, antes de o parque abrir, a fila para entrar se estende hotel adentro. E o barulho da música alta, dos animadores e dos frequentadores invade o quarto mesmo no 10° andar.

Fiquei em uma acomodação Premier Família, com duas camas de casal queen size, varanda e vista para a bonita piscina do hotel e o parque. Com decoração clean, o quarto era confortável, com algumas ressalvas. Senti falta controles de luz que permitissem, por exemplo, uma iluminação para quando uma criança estiver dormindo e um adulto, acordado. O enxoval de cama e banho é em poliéster. E há uma pequena geladeira vazia, que não é abastecida nem sob demanda. Não há serviço de quarto. Apenas a limpeza diária, se o hóspede quiser.

A área de alimentos e bebidas é o ponto mais fraco do resort. O gigantesco restaurante principal, com meia pensão ou pensão completa, não tem tratamento acústico. Dependendo da lotação, o barulho pode ser ensurdecedor, principalmente no café da manhã e no jantar. Todas as refeições são servidas em esquema de bufê, com filas confusas e pratos lascados.

A apresentação não é das melhores, mas a comida de um modo geral é correta, com tempero caseiro. Há grelhados, pratos com peixe, frango e carne, massas e saladas. Bebidas são pagas à parte. Isso caso você consiga ser atendido, porque o serviço é bem desatento, ainda que simpático. A única bebida alcoólica no restaurante é cerveja. Nos bares, tanto no hotel quanto no parque, há variedade de bebidas, alcoólicas ou não. Vending machines têm água, salgadinhos e chocolates, e a loja de conveniência no lobby tem um bom café espresso.

Por toda a parte chama a atenção o excesso de plástico de uso único: nos copos do restaurante, nas garrafas de água (não há onde abastecer a própria garrafa com água filtrada), nos quartos embrulhando cobertores extras, no xampu e condicionador 2 em 1 de marca própria em pequenas embalagens descartáveis. Mas está lá no banheiro o recado pedindo para o hóspede reutilizar as toalhas, que parte da hotelaria quer fazer crer que é sinônimo de sustentabilidade.

Serviço

No Hot Beach Resort as diárias de um quarto Premier Família (com duas camas de casal e vista para o parque aquático) começam em R$ 902. No Superior Família (também com duas camas de casal, mas sem vista para o parque), as diárias são de R$ 785.

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Tasca Mandarin Oriental Jumeira Beach Dubai

EXPO2020 movimenta A CENA HOTELEIRA em Dubai

Até março de 2022, Dubai está praticamente “recebendo o mundo todo” na EXPO2020. Adiada em função da pandemia, a exposição universal acontece pela primeira vez no Oriente Médio, e pela primeira vez dividida em dois anos. E, desde outubro passado, a EXPO2020 movimenta a cena hoteleira em Dubai mais ainda, gerando recordes de reservas em diversas propriedades.

Em novembro último, estive novamente em Dubai. Desta vez, a convite da Emirates, que se responsabilizou pelas minhas primeiras quatro noites de hospedagem no emirado e me levou à EXPO. Dá pra conferir detalhes da classe executiva da companhia, que retorna com o A380 ao Brasil, aqui.

Depois, estiquei minha viagem por conta própria por mais alguns dias (dá pra conferir todos os detalhes no feed e nos destaques do Stories do Instagram @maricampos) e aproveitei para conferir não apenas as principais novidades turísticas do destino, como também como anda a sempre fértil (e expansiva!) cena hoteleira no emirado.

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case do turismo e da hotelaria internacional

Dubai segue sendo um grande case da indústria turística e também da indústria hoteleira. Um destino “inventado” que não deixa nunca de se reinventar e que, com investimentos acertados e constantes no setor, vem tendo retorno bastante satisfatório mesmo em plena pandemia. 

Na alta temporada 21/22, iniciada em novembro passado, as reservas em hotéis do emirado de diferentes estilos e budgets estão batendo recordes – mesmo com aumento considerável nas tarifas, dado o movimento gerado pela EXPO.

Novas atrações e, obviamente, também novos hotéis estão constantemente abrindo suas portas no Emirado que mais cresce e mais cativa turistas internacionais (em grande parte por ser também majoritariamente um destino de expatriados). E a EXPO, aberta em outubro e em cartaz até março do ano que vem, definitivamente está contribuindo mais ainda para esse movimento. 

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O curioso caso da Curio Collection em Dubai

Desta vez, visitei muitos hotéis de diferentes estilos e com diferentes propósitos, mas dividi toda a minha estadia no Emirado em apenas dois deles: o V Hotel Dubai (a convite da Emirates) e o Al Seef Heritage Hotel (inteiramente por minha conta). 

Por acaso (só soube do V Hotel pouco antes da viagem), ambos hotéis são membros da Curio Collection, da Hilton Hotels. E dois hotéis que não podiam ser mais diferentes e antagônicos entre si, bem como o são as diferentes regiões de Dubai nas quais estão localizados. 

O “case” da Curio Collection no destino é mesmo curioso. Para ambos hotéis tenho algumas ressalvas importantes ao serviço, principalmente no que se refere à ausência de compliance com o programa Safe Clean, criado e implantado pela Hilton durante a pandemia. Buffets de café da manhã com hóspedes se servindo normalmente sem máscaras e muitos funcionários com o nariz para fora da máscara ou máscara no queixo foram figurinha constante durante minhas estadias.

Mas, mesmo sem considerar a (tão necessária) segurança pandêmica que estes tempos exigem, há um outro fato que chama a atenção: enquanto o simpático e old fashioned Al Seef, em Old Dubai, vai bem de encontro ao perfil de boa parte das propriedades que geralmente integram a marca Curio Collection, o V Hotel, por outro lado, destoa completamente. Vibe festeira em todos os ambientes, áreas comuns sempre muito movimentadas, barulho nos corredores. E o mais curioso: ocupa o prédio antes ocupado pelo W Dubai em Business Bay (há um novo e lindo W Hotel em Dubai, instalado na “palmeira”) sem mudar uma vírgula, um abajur, no imóvel do antigo hotel da Marriott.

Apesar da mudança de nome e mesmo de rede hoteleira, o rebranding da propriedade não incluiu uma única mudança estrutural ou visual do antigo W. Mesmos quartos, mesmas cores, mesmo décor, tudo absolutamente igual. A única mudança, acredite, foi transformar o clássico W do lobby dos W Hotels em um V vermelho. 

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Cresce a procura também para ver Dubai do alto dos hotéis

Um programão em Dubai é ver o emirado do alto, dia e noite. E boa parte dos hotéis por ali tem tirado proveito disso, instalando bares e restaurantes em seus rooftops que andam cada vez mais concorridos. Afinal, a EXPO2020 movimenta a cena hoteleira em Dubai ainda mais neste final de ano.

Restaurantes como os excelentes (e imperdíveis!) Fi’lia, no (lindo!) SLS Dubai, e Tasca by José Avillez, no Mandarin Oriental Jumeira Beach, têm vistas incríveis para diferentes pontos do emirado – Burj Khalifa incluído no horizonte. A casa do sempre ótimo José Avillez no Mandarin Oriental, aliás, tem menu excelente, ótima trilha sonora, serviço super cuidadoso e uma imbatível sangria da casa. Super bem ventilado com os tempos atuais exigem, deixa a vista à escolha do cliente: o inconfundível skyline futurista do emirado de um lado e a praia de Jumeira do outro.

Rooftop bars em hotéis por lá também são cada vez mais fartos e disputados. Em muitos deles, reservas são mandatórias em qualquer dia da semana, dada a procura crescente por esses espaços. Do alto de (muitas, às vezes) dezenas de andares, as vistas enquanto se saboreia um bom drink definitivamente valem os coquetéis de valores inflacionados. Considere seriamente conhecer Cielo Sky Lounge no Park Hyatt, Treehouse no Taj Dubai, SoBe do W Dubai The Palm e CéLaVi no Address Sky View. Até o Sol Sky Bar, o mais baixinho deles, no sétimo andar do Canopy By Hilton, tem seu charme e uma vista bem interessante a partir de Old Dubai. 

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EXPO2020 MOVIMENTA A CENA HOTELEIRA EM DUBAI

Além do bling-bling das áreas mais contemporâneas (ou seriam futuristas? rs) de Dubai e do clima nostálgico da parte antiga do emirado, muitos dos bons hotéis do destino estão localizados à beira-mar. Fazem sucesso sobretudo entre europeus, que viajam para lá também em busca de escapada pouco convencional de praia. 

Propriedades como Mandarin Oriental Jumeira Beach, One&Only Royal Mirage Resort, Address Dubai Marina, Jumeirah Al Qasr, Anantara The Palm Dubai Resort, Fairmont The Palm e Four Seasons at Jumeirah Beach têm todos excelente estrutura de resort de praia, com ótimos serviços à beira-mar. 

Mesmo o viajante que não se hospeda em um resort “pé na areia” tem a chance de curtir pelo menos um bom dia de praia em Dubai – e dar um belo mergulho no Golfo Pérsico – optando pelo sistema de day use que várias propriedades por ali oferecem. É esse o caso, por exemplo, do Ritz-Carlton Dubai, instalado em plena marina, com vista privilegiada da Ain Dubai (uma das mais novas atrações do destino e mais alta roda-gigante do mundo) de toda sua extensão de praia. E tem tido bastante sucesso no serviço nestes tempos de EXPO.

Ocupando o coração da JBR Beach, o resort conta com um parque aquático com diversas piscinas para adultos e crianças, ampla faixa de areia com serviço de praia e um gostoso restaurante à beira-mar, o La Baie, que serve ótimos drinks e gostosos ceviches, saladas, tostas e outros pratos levinhos, bem bom para o almoço. O day use do hotel vale desde AED150 e inclui serviço de praia com toalhas, água mineral, cadeiras e espeguiçadeiras; dependendo da época do ano, parte do valor do day use pode ser usado como crédito no consumo de alimentos e bebidas no hotel também. 

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Four Seasons Madrid

Madri quer ser polo da hotelaria de luxo

Nos últimos doze meses, a capital espanhola testemunhou a (esperada!) inauguração de propriedades de três das mais luxuosas redes hoteleiras do mundo: Four Seasons Madrid, Mandarin Oriental Ritz Madrid e Rosewood Villa Magna Madrid. E isso parece ser só o começo de uma nova era: Madri quer ser polo da hotelaria de luxo.

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Isso mesmo: em plena pandemia, três das principais redes de hotéis de luxo abriram unidades em Madri, impulsionando um novo projeto da cidade de ser um novo pólo do turismo de luxo na Europa. Primeiro, a rede canadense Four Seasons abriu seu primeiro hotel na Espanha, o Four Seasons Madri, em pleno centro da cidade, começando uma transformação importante na região. Depois, agora em 2021, as duas reaberturas hoteleiras mais esperadas do país aconteceram: os agora Mandarin Oriental Ritz Madrid  (antigo e icônico Ritz Madrid) e Rosewood Villa Magna Madrid (antes Villa Magna, então parte do portfólio da Leading Hotels of the World).

Passei o último mês em viagem pela Espanha e, nos meus vários dias madrileños, fiz questão de me hospedar por alguns dias nas três propriedades recém abertas. Você pode conferir detalhes de todas elas também no meu Instagram @maricampos

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Four Seasons Madrid reestrutura turismo de luxo no centro de Madri

Inaugurado há cerca de um ano no número 3 da Plaza Canalejas, em pleno centro de Madri, a passos da Puerta del Sol, o Four Seasons Madrid (diárias desde 615 euros, mais detalhes sobre valores aqui) ganhou logo ao lado um gigante centro comercial de luxo, as Galerías Canalejas, e uma loja da Hermès no próprio lobby do hotel.

O lobby impressiona, com pé direito gigante, concierge e recepção discretos, bar de canto, uma imponente escadaria e a adorável escultura de KAWS em frente ao hall dos elevadores (parte da imensa coleção de arte espalhada por todo o hotel). Os house cars são inconfundíveis Porsche Panamera estampados com o logo del hotel, que chamam a atenção de todo turista que passa pela região.

Do lado de dentro, quartos espaçosos e muito confortáveis, com luxuosas amenidades Hermès. Os hóspedes todos recebem um safety kit com máscaras cirúrgicas e álcool em gel – e há fartura de displays de álcool em gel em todos os ambientes do hotel.

Os grandes destaques ficam por conta do belo spa na cobertura, com direito a piscina climatizada coberta e deliciosos lounges ao ar livre com vista panorâmica para Madri, e a imperdível Dani Brasserie, o mais gostoso rooftop da cidade, com bar e restaurante. A Dani Brasserie, do chef Dani Garcia, abre para todas as refeições também para não hóspedes e serve um excelente café da manhã com pratos à la carte e buffet assistido (com tudo devidamente protegido e individualizado) incluídos. O serviço ali é irretocável: eficiente e cálido na medida, para fazer jus às vistas espetaculares do local.

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Mandarin Oriental Ritz Madrid dá novo twist ao grande ícone hoteleiro da cidade

O novo Mandarin Oriental Ritz, Madrid (diárias desde 850 euros, mais detalhes sobre valores aqui), reaberto neste 2021 após três anos e 99 milhões de euros de reforma, conseguiu manter todo o charme e a história do hotel mais icônico da cidade, aliado agora a uma vibe contemporânea e cosmopolita. 

Até hoje ligado à realeza espanhola (rei e rainha estiveram por lá durante minha estadia no hotel em outubro, por sinal), o novo Ritz foi inteiramente reformado e remodelado e ganhou espaços incrivelmente convidativos – a começar pelo próprio lobby, que ganhou um balcão de canto e uma impressionante instalação de arte no teto que provoca reflexos lindos conforme a luz do dia e da noite vai mudando.

Os quartos todos contam com vista externa, amenidades da Natura Bissé e uma adorável maleta de couro com secador, difusor e chapinha. As suítes têm também serviço de mordomo incluído e impecáveis (nada mini) minibar e room service. O novo spa tem uma imperdível área de piscinas climatizada e aquecida (ambas cobertas), cujo décor foi pensado para ser uma extensão dos novos banheiros dos quartos de hóspedes. 

A gastronomia todinha do hotel está à cargo do chef Quique Dacosta – inclusive o room service, de longe o melhor de toda minha viagem. O restaurante Palm Court, com décor bastante clássico, mas agora sob uma encantadora cúpula de vidro, recebendo muita luz natural o dia todo (funciona o dia todo e ali é servido também o delicioso café da manhã). Tem um minúsculo Champagne Bar ao fundo, para jantares especiais. Ao lado do Palm Court fica o luxuoso Deessa, o restaurante gourmet de Quique Dacosta, com direito a muito dourado e décor bem contemporâneo. Com tempo bom e temperaturas mais quentes, abrem o El Jardín del Ritz, todinho ao ar livre, no delicioso jardim do hotel.

O maior destaque fica por conta do Pictura, o novíssimo e imperdível bar do hotel. Acessível através de uma porta espelhada ao lado da recepção, o visual do bar impressiona, com quadros de artistas contemporâneos espanhóis retratados como se fossem pinturas expostas no vizinho Museo del Prado. Os barmen parecem saídos de um filme de James Bond e são excelentes; e os drinks, divinos, vêm sempre acompanhados de deliciosas castanhas e amêndoas tostadas e temperadas. 

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Rosewood Madrid Villa Magna consolida a vocação para o luxo do bairro Salamanca

O Rosewood Madrid Villa Magna (diárias a partir de 700 euros, mais detalhes sobre valores aqui) acaba (literalmente) de abrir suas portas em Madri. Após a esperada remodelação dos últimos 15 meses, quando o grupo Rosewood assumiu de fato a propriedade, o hotel foi inaugurado no último dia 22 de outubro – e, menos de uma semana depois, lá estava eu, a primeira jornalista brasileira a se hospedar no hotel. 

A nova entrada inclui um charmoso acesso para os carros e escada e rampa independentes para quem está à pé. A localização no charmoso bairro de Salamanca é excelente, seja para atividades culturais, gastronômicas ou de consumo. Os novos quartos ganharam décor muito elegante e contemporâneo, incluindo belos bar, living e banheiro, com amenidades da Maison Caulières – e kits de segurança sanitária, com máscara e álcool em gel, repostos diariamente. 

O novo hotel ganhou charmosos restaurante e bar – Las Brasas de Castellana e Tarde.O, respectivamente – e deve ganhar um restaurante estrelado até o final do ano. O principal destaque pra mim é a espetacular cafeteria Flor y Nata, o café contemporâneo mais bonito que já vi em Madri.

Também aberta a não hóspedes, a Flor y Nata tem dois charmosos espaços – um sossegado, com poltronas e mesas, e outro com banquetas e mesa alta, para quem quer apenas trabalhar por ali. Cafés e doces excelentes dia e noite, inspirados nas melhores pâtisseries francesas, e atendimento impecável. Das 16 às 19h30 ainda serve diariamente um lauto afternoon tea à la carte, com suas deliciosas pâtisseries incluídas no completíssimo menu (reserva obrigatória). 

O hotel tem também duas charmosas terrazas ao ar livre, um gramado externo para eventos, impactantes recepção e escadaria e inaugurará em breve seu esperado spa.

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As duas suítes mais caras da Espanha

Como Madri quer ser pólo da hotelaria de luxo, seus novos hotéis trouxeram também as suítes mais caras de toda a Espanha. As suítes reais (Royal suite) dos hotéis Four Seasons Hotel Madrid e Mandarin Oriental Ritz, Madrid, podem chegar a impressionantes 20.000 euros mais impostos por noite. 

A do Mandarin Oriental Ritz, situada no primeiro piso e com vista para o Museo del Prado, é opulenta: 228 metros quadrados divididos em sala de jantar, living, studio privado, dormitório circular com closet, banheiro estilo spa (com sauna a vapor e ducha de pedra natural incluídas), dormitório adicional e lavabo. 

A do Four Seasons tem impressionantes 431 metros quadrados e ocupa o que um dia foi o escritório do antigo presidente do Banesto: além de living e espaços quarto e banheiro, tem um imenso closet, escritório, cozinha, dois dormitórios, sua própria academia e até uma curiosa chaminé. 

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Madri quer ser polo da hotelaria de luxo

De fato, Madri quer ser novo polo da hotelaria de luxo e do próprio turismo de luxo na Europa. Em outubro passado, foi lançada a plataforma MDL – Madrid Capital del Lujo, que reune autoridades locais, governo espanhol e diversos empresários e investidores para tentar alavancar o turismo de luxo na capital espanhola. 

Do final de 2021 a meados de 2022, outros hotéis de luxo devem abrir as portas na cidade, incluindo o primeiro hotel da marca W (bem em frente ao Four Seasons Madrid, contribuindo para transformar a Plaza Canalejas em novo hub de luxo madrileño), o primeiro hotel da marca Edition (também da Marriott), o primeiro da rede francesa Evok e ainda o Radisson RED e o CR7 Pestana.  Acompanhe meu instagram @maricampos para conferir mais detalhes sobre o tema e esta viagem.

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Piscinas da pousada Estrela d'Água, em Trancoso | Foto: Carla Lencastre

Estrela d’Água: hospedagem pé na areia em Trancoso

Que saudade que eu estava da Bahia! Estou recomeçando a viajar pelo Brasil e priorizando destinos de natureza. Depois de uns dias perfeito no Kilombo Villas, ao lado da Praia da Pipa (RN), sobre o qual escrevi aqui, voltei ao Nordeste. Desta vez, o destino foi o Sul da Bahia. Em Trancoso, me hospedei na Estrela d’Água, uma das pousadas mais charmosas e confortáveis da região, a 1h30m de carro do Aeroporto de Porto Seguro.

Foram dias deliciosos de sal e sol. A Estrela é conhecida em Trancoso por ter sido “a casa da Gal”. No caso, Gal Costa, a cantora. A pousada é um clássico local, que vai completar 23 anos. Fica em um terreno 23 mil m² de frente para o mar, em meio a Mata Atlântica e com acesso direto à Praia dos Nativos. O Quadrado está a dez minutos de carro, e o preço do trajeto de táxi é tabelado: cada trecho de ida e volta da pousada custa sempre R$ 30.

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Como são as acomodações

A Estrela d’Água tem 20 suítes (a partir de 40 m²), com jardim ou varanda, e oito bangalôs, que podem chegar a 200 m², distribuídos pelos jardins da propriedade. Fiquei em um dos bangalôs com piscina, ótimo para quem busca privacidade. O jardim privativo do bangalô, além da piscina com espreguiçadeiras, tem um gazebo daqueles onde dá vontade de passar horas, inclusive à noite, admirando o céu estrelado e ouvindo o silêncio.

O espaçoso quarto, com objetos de artistas locais na decoração, dispõe de cama de casal com mosquiteiro, sofá que pode virar cama extra, escrivaninha, armário e minibar bem abastecido, incluindo cafeteira e cápsulas de café expresso de cortesia, o que é sempre gentil. O amplo banheiro, com duas pias, tem ainda uma banheira de hidromassagem. As amenidades são Trousseau, em embalagens de vidro reutilizáveis. O Wi-Fi funciona bem.

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Gastronomia na Estrela d’Água

A pousada tem o Bar da Costa e o restaurante Aldeia de São João, de cozinha brasileira e contemporânea, além de um sushi bar em parte da semana. As mesas são decoradas com álcool em gel e ficam em varandas abertas. O bar, entre as duas piscinas e a praia, serve petiscos e refeições ao longo do dia e o menu está disponível também por QR code. Há um serviço de praia para atender quem estiver nas espreguiçadeiras em frente.

No restaurante é servido o jantar e o café da manhã, esta sem dúvida a melhor refeição da Estrela e incluída em todas as diárias. O delicioso café é à la carte, com um menu que muda ligeiramente a cada dia, sempre privilegiando o que é feito na própria pousada. Nas outras refeições não tive muita sorte. À noite, o melhor foi um negroni perfeito ao som das ondas quebrando na praia. Tudo em Trancoso custa caro, a gente sabe, e na Estrela d’Água não é diferente.

Toda as garrafas de água da pousada são de plástico, tanto no restaurante quanto nos quartos. Conversei com vários funcionários, a maioria da região, sobre o excesso de plástico de uso único em uma propriedade tão bem integrada à natureza. Ouvi frases como “outras pessoas já falaram sobre isso” ou “os hóspedes agora deram para reclamar de garrafa de plástico”. Os comentários só reforçam a minha convicção de que é fundamental que cada um de nós faça a sua parte.

O bar da piscina tem água filtrada nas torneiras e é um bom lugar para abastecer a sua garrafinha antes de sair para caminhar na praia quase deserta. A minha garrafa era sempre devolvida com um simpático “as tartarugas-marinhas agradecem” ou “os corais agradecem”. O restaurante, se você pedir, serve água filtrada no copo. Para amenizar o excesso de descartáveis, a Estrela começou recentemente a separar as tampinhas das garrafas para a Recicla Sul da Bahia, empresa de eventos sustentáveis que produz objetos com plástico reciclado.

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Serviço

A Estrela d’Água faz parte das associações Roteiros de Charme, Tablet Hotels, Condé Nast Johansens e Brazilian Luxury Travel Association (BLTA). Foi reconhecida com o CN Johansens Awards for Excellence por duas vezes consecutivas, em 2019 e 2020. Diárias para duas pessoas, no final de outubro, custam a partir de R$ 2.015, com café da manhã incluído.

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