Hotel em tempos de pandemia de covid-19: piscina do Six Senses Con Dao Vietnam

É seguro usar piscina de hotel durante a pandemia de covid-19?

Nas últimas semanas, apareceram algumas vezes nos termos de pesquisa do Hotel Inspectors buscas sobre piscina de hotel e pousada em tempos de pandemia de covid-19. A pergunta do título não tem resposta simples. Não há evidências de que o coronavírus sobreviva em água com cloro, tratada segundo padrões químicos adequados. Mas as pessoas ao redor podem ser um problema. Aglomerações dentro ou fora da piscina do hotel na pandemia de covid-19 oferecem os mesmos riscos de transmissão do vírus. Assim como nadar perto de alguém na água clorada. Ou seja, é importante manter o distanciamento social também dentro da piscina.

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Em tempos incertos para o turismo, há condutas distintas anunciadas por hotéis e pousadas reabertos, tanto no Brasil quanto no exterior. Em algumas propriedades, piscinas e spas voltarão a funcionar somente em uma próxima fase. Como no Botanique, na Serra da Mantiqueira. O hotel, com 18 acomodações, reabriu em junho de 2020 com ocupação reduzida e seguindo seus novos próprios protocolos de limpeza, com 135 tópicos. Mas mantém fechados spa, piscina e academia de ginástica (assim como o restaurante, funcionando apenas para serviço de quarto).

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Nos hotéis com acesso liberado à piscina, espreguiçadeiras podem ser um problema, ainda que sejam afastadas umas das outras e limpas após o uso. O Marbella Club, hotel de luxo no glamouroso balneário da Costa do Sol espanhola, adotou a política de reservar um lugar fixo ao sol para cada hóspede. Na reabertura, em 2 de julho de 2020, cada espreguiçadeira de frente para o Mar Mediterrâneo será usada por um único hóspede por dia.

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É seguro fazer massagem no spa em tempos de covid-19?

Piscina hotel pandemia covid-19: yoga na praia no Six Senses Con Dao, no Vietnã
Yoga na praia no Six Senses Con Dao, no Vietnã | Foto de divulgação

Viajantes mais ansiosos não estão procurando apenas piscina de hotel na pandemia de covid-19. E sim bem-estar de um modo geral, uma das palavras-chaves mais buscadas atualmente. Academias de ginástica, quando abertas, já sabemos que são com hora marcada, com um hóspede de cada vez, desinfecção entre um uso e outro, e banheiros e vestiários fechados.

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Hotéis estão adotando o mesmo protocolo em relação a saunas, ainda que não haja comprovação que o novo coronavírus suporte altas temperaturas, e a spas. Tratamentos corporais, em vez de faciais, e sem toques com as mãos ganham destaque, assim como aulas de yoga ou alongamento individuais ou com grupos reduzidos e, sempre que possível, ao ar livre.  

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Piscina hotel pandemia covid-19: cabana de spa ao ar livre e com vista para o Caribe no Four Seasons Anguilla
Cabana de spa ao ar livre e com vista para o Caribe no FS Anguilla | Foto de divulgação

Como analisei neste outro texto (clique para ler), a hotelaria de luxo é a que terá que fazer menos ajustes na era covid-19, porque sempre priorizou bem-estar, espaço e privacidade, independentemente da pandemia. Há muitos quartos, suítes e villas com jacuzzi e piscinas privativas, e áreas amplas. Os tratamentos do spa podem ser na acomodação ou ao ar livre. É o caso do caribenho Four Seasons Anguilla, com reabertura em 22 de outubro de 2020.

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Ainda não passou, mas vai passar: um exemplo otimista na Ásia
Hotel pandemia covid-19: Piscina do Six Senses Ninh Van Bay, no Vietnã
Piscina do Six Senses Ninh Van Bay, no Vietnã | Foto de divulgação

Uma declaração do COO do grupo Six Senses, Guy Heywood, sobre as adaptações dos hotéis na Ásia, continente à frente na contenção do vírus, me chamou a atenção em uma reportagem de junho de 2020 da revista britânica Condé Nast Traveller. A rede Six Senses, que sempre foi voltada para o bem-estar, reabriu seus dois hotéis no Vietnã, país que conseguiu conter o vírus. Heywood conta que se surpreendeu com hóspedes pouco preocupados com protocolos de higiene: “Podemos dizer que quem está preocupado ainda não está viajando. Estamos surpresos com a tranquilidade. As pessoas chegam de máscara, mas parecem felizes nas piscinas”.

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Carla Lencastre

Jornalista formada pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Carla Lencastre trabalhou por mais de 25 anos na redação do jornal O Globo nas áreas de Comportamento, Cultura, Educação e Turismo. Editou a revista e o site Boa Viagem O Globo por mais de uma década e conquistou vários prêmios do setor. Em 2020 foi eleita uma das 100 pessoas mais influentes do turismo no Brasil pelo ranking Panrotas+Elo. Desde 2015 escreve para diversas publicações, entre elas O Globo, Panrotas e #Colabora, site de jornalismo independente voltado para o desenvolvimento sustentável, onde assina uma coluna sobre viagens do ponto de vista de diversidade, inclusão, regeneração e sustentabilidade. Ama viajar e anda mundo afora em busca de boas histórias desde sempre. É carioca de mar e bar. Gosta de dias nublados. Está no Instagram e no Twitter em @CarlaLencastre 

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