Hall dos elevadores do Mandarin Oriental Hyde Park London

Como é se hospedar no renovado Mandarin Oriental Hyde Park, em Londres

Welcome, Ms. Lencastre, me disse o porteiro assim que abriu a porta do táxi na entrada do Mandarin Oriental Hyde Park, em Londres. Reconhecimento facial feito por seres humanos, e não pela tecnologia, é um luxo da hotelaria que sempre me impressiona. Não poderia ter começado melhor minha hospedagem no Molon.

O hotel pegou fogo em junho de 2018, logo depois de o prédio centenário ter passado, ao longo de dois anos, pela maior renovação da sua histórica. O jeito foi, como diz o clichê, renascer das cinzas. E que renascimento. Mês passado, a gerente geral, Amanda Hyndman, que assumira a função poucos dias antes do incêndio, foi escolhida a hoteleira do ano pela associação de viagens de luxo Virtuoso. E tanto o hotel quanto o spa são reconhecidos com cinco estrelas no Forbes Travel Guide.

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Depois de seis meses fechado, no final de 2018 o Molon reinaugurou seus três restaurantes, o bar e o spa. A reabertura para hóspedes foi em 15 de abril deste ano. Fiz check-in dias depois, a convite do VisitBritain, órgão de promoção do turismo britânico. A seguir, alguns destaques da hospedagem.

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A renovação do Mandarin Oriental em Londres

Localização

Um dos hotéis mais luxuosos de uma cidade repleta de estabelecimentos de primeira, o Mandarin Oriental Hyde Park London fica no elegante bairro de Knightsbridge, em frente à loja de departamentos Harvey Nichols e perto da Harrods e do V&A Museum. A estação de metrô de Knightsbridge está na calçada em frente, a cem metros. A escada na entrada do hotel leva ao lobby com mármores em diferentes cores, colunas e imenso lustre de cristal que lembra uma flor aberta.

Atualização: Em outubro de 2020 os leitores da Condé Nast Traveler escolheram o Mandarin Oriental Hyde Park como o melhor hotel de Londres no Reader’s Choice Awards 2020.

A outra fachada é voltada para o parque, como o nome do hotel indica, onde há uma entrada usada apenas pela Família Real e convidados especiais, geralmente chefes de Estado. A rainha Elizabeth II e sua irmã, princesa Margaret, tiveram aulas de dança no ballroom, na primeira metade do século 20. O prédio em estilo eduardiano é de 1889. Funciona como hotel há 117 anos, e como Mandarin Oriental desde o ano 2000.

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Quartos

O novo design dos 181 quartos é assinado por Joyce Wang, que vive entre Londres e Hong Kong. A ideia foi “trazer o parque para dentro do hotel”, e há muitas referências a folhagens, patos e cavalos, inclusive na bela curadoria de obras de arte moderna distribuídas por toda a propriedade. O mobiliário tem referências art déco e o resultado é sofisticado e acolhedor.

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A espaçosa suíte onde me hospedei, voltada para a Knightsbridge, era silenciosa, com sala, quarto e dois banheiros em mármore, um deles com banheira, ambos com vasos sanitários japoneses, com aquecimento. No quarto, há mesa, poltrona e tomadas e entradas USB por toda a parte. Na sala, sofá, poltrona, mesa de centro, mesa de trabalho, estante com livros interessantes e um bonito armário com frigobar e máquina de café expresso. Menção especial para as lindas luminárias em todos os ambientes.

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A água mineral vem da fonte do Blenheim Palace, palácio onde nasceu Winston Churchill a cerca de cem quilômetros a noroeste de Londres. O primeiro-ministro britânico foi um dos muitos hóspedes ilustres do hotel, e é homenageado também na carta de drinques do bar.

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Gastronomia

O Molon é o endereço do Dinner, restaurante do chef britânico Heston Blumenthal, com duas estrelas Michelin. E, também, do sempre bom Bar Boulud, menos formal, do chef francês radicado em Nova York Daniel Boulud. Como bom hotel inglês, tem um concorrido afternoon tea com champanhe servido no bonito Rosebery, um salão de chá que funciona desde 1920, e um bar com drinques inspirados na história e na localização do prédio. O café da manhã, com bufê e serviço à la carte, é servido no salão do restaurante de Blumenthal, com janelões voltados para o Hyde Park.

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O Bar Boulud tem entrada independente pela rua. O novo décor do bar, os restaurantes e do spa no subsolo, com piscina de 17 metros de extensão e 13 salas de tratamento, é assinado pelo designer nova-iorquino Adam D. Tihany.

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Serviço

Impecável, como se espera em um hotel deste porte. Do reconhecimento na chegada aos pequenos detalhes, como um pequeno prendedor em velcro para manter enrolados os fios dos eletrônicos espalhados pelo quarto. Funcionários gentilíssimos em todas as áreas.

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No Instagram @HotelInspectors, no destaque Londres, há outras imagens do Mandarin Oriental Hyde Park, incluindo vídeos.

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Carla Lencastre

Jornalista formada pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Carla Lencastre trabalhou por mais de 25 anos na redação do jornal O Globo nas áreas de Comportamento, Cultura, Educação e Turismo. Editou a revista e o site Boa Viagem O Globo por mais de uma década e conquistou vários prêmios do setor. Em 2020 foi eleita uma das 100 pessoas mais influentes do turismo no Brasil pelo ranking Panrotas+Elo. Desde 2015 escreve para diversas publicações, entre elas O Globo, Panrotas e #Colabora, site de jornalismo independente voltado para o desenvolvimento sustentável, onde assina uma coluna sobre viagens do ponto de vista de diversidade, inclusão, regeneração e sustentabilidade. Ama viajar e anda mundo afora em busca de boas histórias desde sempre. É carioca de mar e bar. Gosta de dias nublados. Está no Instagram e no Twitter em @CarlaLencastre 

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